A Pesquisa-Ação em Áreas Protegidas da Baixada Fluminense – Estado do Rio de Janeiro – Brasil
DOI:
https://doi.org/10.21664/2238-8869.2024v13i3.p18-30Palabras clave:
pesquisa-ação, unidades de conservação, educação ambiental, espaço educador, extensão universitáriaResumen
Nos últimos anos, as Unidades de Conservação (UCs) da Baixada Fluminense, Estado do Rio de Janeiro, têm se destacado por suas iniciativas integrativas com a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, apresentando inúmeras potencialidades como espaços educadores, fortalecendo a tríade ensino, pesquisa e extensão. O objetivo deste artigo é apresentar como a pesquisa-ação está sendo aplicada em UCs da Baixada Fluminense, por meio de programas e projetos de extensão como “Guarda Compartilhada Flona Mário Xavier”; “Mapas participativos e colaborativos: Estratégias para extensão e divulgação científica”; “Universidade na Comunidade” e “Cartografias das Potencialidades das Unidades de Conservação”. Estes projetos envolvem principalmente estudantes voluntários que atuam como monitores ambientais e/ou protagonistas nas propostas, seguindo os princípios da pesquisa-ação, que combina produção de conhecimento, ação educativa e participação dos envolvidos. A pesquisa-ação é utilizada a partir da oferta de educação ambiental para a comunidade (sensibilização), pela visibilidade promovida para as UCs por meio de redes sociais, eventos, pesquisa e outras ações, e capacitação técnico científica de alunos da universidade e servidores das UCs. É verificado que ações de extensão conectam a comunidade ao seu território, promovendo sensibilização sobre a importância da conservação a partir do reconhecimento desses espaços como patrimônios históricos, culturais e ambientais, contribuindo para a gestão ambiental. A capacitação contínua de educadores ambientais é essencial para a conservação e para a implementação efetiva da educação ambiental em áreas protegidas, sobretudo aquelas vulneráveis, fortalecendo a visibilidade e o uso público das UCs de forma sustentável.
Citas
BALDISSERA, A. Pesquisa-Ação: Uma Metodologia do “Conhecer” e do “Agir” Coletivo. Sociedade em Debate, Pelotas, v.7, n.2, p. 5-25, 2001.
ENNE, Ana Lúcia Silva. A “redescoberta” da Baixada Fluminense: Reflexões sobre as construções narrativas midiáticas e as concepções acerca de um território físico e simbólico. Pragmatizes - Revista Latino Americana de estudos em Cultura, a. 3, n. 4, p. 6-27, mar. 2013.
FÁVERO, M. L. A. Universidade e estágio curricular: subsídios para discussão. In: Alves, N. (Org.). Formação de professores: pensar e fazer. 10 ed. São Paulo: Cortez, 2008.
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. 25 ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
GUEDES, T. dos S. A fotografia de natureza como ferramenta para sensibilização e divulgação de unidades de conservação da baixada fluminense. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-graduação em Geografia. Seropédica, 2023.
LIMA, J. C. C. F. Análise das Ações de Educomunicação Ambiental nas Unidades de Conservação da Baixada Fluminense. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Geografia, UFRRJ, Rio de Janeiro, 2023.
QUEIROZ, E. D. Uso Público no Parque Natural Municipal de Nova Iguaçu-RJ: trilhando entre possibilidades e dificuldades. Tese (Doutorado). Universidade Federal Fluminense, 2018.
RIO DE JANEIRO. Caderno Metropolitano, v. 3. Rio de Janeiro, 2017. Disponível em: https://www.modelarametropole.com.br/wp-content/uploads/2017/08/Caderno03-Cartorafia-Camara.pdf. Acesso em: abr. 2023.
ROCHA, A. S. As representações ideais de um território: dinâmica econômica e política, agentes e a produção de sentidos na apropriação territorial da Baixada Fluminense. Tese (Doutorado em Geografia). PPGG/IGG/UFRJ: Rio de Janeiro, 2014.
SAQUET, M. A. Saber popular, práxis territorial e contra-hegemonia. Revista Campo-Território, Uberlândia, v. 15, n. 37, p. 01–05, ago. 2020. DOI: 10.14393/RCT153714. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/campoterritorio/article/view/56210. Acesso em: 8 ago. 2024.
SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. São Paulo, SP: Cortez, 2017.
SILVA, J. M. C.; JUNQUEIRA, V. Educação e conservação da biodiversidade: uma escolha. In: Junqueira, V.; Neiman, Z. (Orgs.). Educação ambiental e conservação da biodiversidade: reflexões e experiências brasileiras. Barueri: Manole, 2007. p. 35-48.
TAVARES, R. B. As Várias Mesquitas de Várias Baixadas. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-graduação em Planejamento Urbano e Regional. Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2007.
THIOLLENT, M. Metodologia da Pesquisa-ação. São Paulo: Cortez, 1986.
TOZONI-REIS, M. F. C. Pesquisa-ação: compartilhando saberes. Pesquisa e ação educativa ambiental. In: FERRARO JUNIOR., L.A. (Org.). Encontros e caminhos: formação de educadoras (es) ambientais e coletivo educadores. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2005.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2024 Karine Bueno Vargas , Edileuza Dias de Queiroz
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.
Esta revista oferece acesso livre imediato ao seu conteúdo, seguindo o princípio de que disponibilizar gratuitamente o conhecimento científico ao público proporciona maior democratização mundial do conhecimento.
A partir da publicação realizada na revista os autores possuem copyright e direitos de publicação de seus artigos sem restrições.
A Revista Fronteiras: Journal of Social, Technological and Environmental Science segue os preceitos legais da licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.