Desafio dos Materiais e a Lixolândia: Uma Experiência Pedagógica de Sensibilização sobre a Reciclagem em Sala de Aula
DOI:
https://doi.org/10.21664/2238-8869.2024v13i3.p78-92Palavras-chave:
reciclagem, aprendizagem significativa, material pedagógico, pesquisa-ação-participativa, jogos baseados na aprendizagemResumo
Dentro do programa Novos Arranjos de Pesquisa e Inovação (NAPI) “Alimento e Território”, financiado pela Fundação Araucária, que atua no Sudoeste e Litoral do Estado do Paraná, Brasil, relatamos o processo e resultados de oficinas de sensibilização ambiental realizadas em duas escolas, uma na periferia urbana de Francisco Beltrão e outra na área rural do mesmo município. Centradas as oficinas na temática da reciclagem, foram desenvolvidas duas atividades: o conto da Lixolândia e o desafio dos materiais. Ambos desenvolvidos numa perspectiva de aprendizagem significativa, buscaram explorar/instigar a criatividade das crianças, partindo do universo sensível, os conhecimentos prévios e a curiosidade. A partir do jogo e da encenação, deslindamos questionamentos sobre a composição e funções dos materiais, sobre a contaminação ambiental e, sobretudo, utilizando os mesmos materiais de reciclagem, as crianças criaram mundos possíveis num realismo mágico aberto à sua imaginação. O tempo todo, os desafiamos mediante opostos dialógicos, como começar pelo fim do conto, imaginar um mundo dominado por objetos que já não serviam para nada e jogar um jogo sem perdedores. O resultado foi uma pesquisa-ação-participativa praticada dentro da sala de aula, porém, muito além dela, demonstramos por caminhos do sentipensar, que podemos formar crianças críticas e criativas dentro da relação universidade-território, com responsabilidade de transformação social e compromisso ambiental.
Referências
Alencar E ML 1975. Efeitos de um programa de criatividade em alunos de 4. ª e 5. ª séries. Arquivos Brasileiros de Psicologia Aplicada 27 (4): 3-15.
Alencar E ML 1999. Barreiras à criatividade pessoal: desenvolvimento de um instrumento de medida. Psicologia escolar e educacional 3 (1): 123-132.
Alencar E ML, Fleith D de S 2003. Contribuições teóricas recentes ao estudo da criatividade. Psicologia: teoria e pesquisa 19 (1): 1-8.
Alencar E ML 2007. Criatividade no contexto educacional: três décadas de pesquisa. Psicologia: teoria e pesquisa 23 (1): 45-49.
Alencar E ML, Fleith D de S 2008. Barreiras à promoção da criatividade no ensino fundamental. Psicologia: teoria e pesquisa 24: 59-65.
Anari M, Rebecca U, Obi C, Anne M, Theresa M, Hope N, Esther E, Lovina I, John O, Odey E 2023. Comparative Effectiveness of Non-Digital Game-Based Learning and Computer Simulated Instructional Methods on Academic Performance and Retention in Calabar Education Zone, Nigeria. Advances in Social Sciences and Management 1 (8): 36-59.
Araújo D L de 2013. O que é (e como faz) sequência didática?. Entrepalavras 3 (1): 322-334.
Arroio A, Diniz M, Giordan M 2005. Utilização do vídeo educativo como possibilidade de domínio da linguagem audiovisual pelo professor de ciências. Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências 5: 1-10.
Ausubel D, Novak J, Hanesian H 1983. Psicologia Educativa. 2ed. Trillas, México, D.F, 623 pp
Ausubel D 1980. Algumas limitações psicológicas e educacionais da aprendizagem por descoberta. In Nelson L. O ensino: textos escolhidos, Saraiva, São Paulo, 1980.
Carvalho C V de 2015. Aprendizagem baseada em jogos-Game-based learning. In II World Congress on Systems Engineering and Information Technology, p. 176-181.
Cichoski, P, Rubin-Oliveira M 2023. Sentipensando o território como lugar de vida a partir da IAP. Geographia Opportuno Tempore 9 (2): 1-16.
Dias T L, Enumo S R, Azevedo J R 2004. Influências de um programa de criatividade no desempenho cognitivo e acadêmico de alunos com dificuldade de aprendizagem. Psicologia em Estudo 9: 429-437.
Dussel E 1974. El dualismo en la antropología de la cristiandad. Editorial Guadalupe, Buenos Aires, 1974.
Fals Borda O 1977. Por la praxis: cómo intervenir en la realidad para transformarla. In Crítica y Política en Ciencias Sociales. Simposio Mundial de Cartagena. Punta de Lanza, Bogotá.
Freire P 1987. Pedagogia do oprimido. 17ed. Paz e Terra, Rio de Janeiro.
Gomes E, Franco L, Rocha A 2020. Aprendizagem significativa em David Ausubel. In Gomes Érica, De Souza Xaieny, Da Rocha Alexandro. Uso de simuladores para potencializar a aprendizagem no ensino da física, EDUFT.
Jornal De Beltrão. [homepage on the Internet]. CIMMAD é declarado de utilidade pública. [updated 2024 Jun 02; cited 2024 Aug 09]. Available from: https://jornaldebeltrao.com.br/beltrao/cimmad-e-declarado-de-utilidade-publica/.
Libaneo J 2001. Pedagogia e pedagogos: inquietações e buscas. Educ. Rev. 17: 153-176.
Nakano T de C 2011. Programas de treinamento em criatividade: conhecendo as práticas e resultados. Psicologia Escolar e Educacional 15: 311-322.
O show da luna. [homepage on the Internet] Reciclagem. Aprenda com Luna – O Show da Luna! [updated 2023 Apr 18; cited 2024 Jun 09]. Available from: https://www.youtube.com/watch?v=KAh9JQQkNm0.
Pontes Neto J 2006. Teoria da aprendizagem significativa de David Ausubel: perguntas e respostas. Série-Estudos - Periódico do Mestrado em Educação da UCDB 21: 117-130.
Saquet M 2022. Singularidades - um manifesto a favor da ciência territorial popular feita na práxis descolonial e contra-hegemônica. Consequência Editora, Rio de Janeiro, 164 pp.
Silva G B, Pimentel F S 2021. Produção de material didático através da aprendizagem baseada em jogos na Educação Infantil e no Ensino Fundamental I. BG BUSINESS GRAPHICS EDITORA: 90, 2021.
Torres E C 2013. Caminhos para a educação ambiental. Virtual Books, Londrina, 163 pp.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 César Andrés Alzate Hoyos, Melissa Salinas Ruiz, Felipe Barradas Correia Castro Bastos

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Esta revista oferece acesso livre imediato ao seu conteúdo, seguindo o princípio de que disponibilizar gratuitamente o conhecimento científico ao público proporciona maior democratização mundial do conhecimento.
A partir da publicação realizada na revista os autores possuem copyright e direitos de publicação de seus artigos sem restrições.
A Revista Fronteiras: Journal of Social, Technological and Environmental Science segue os preceitos legais da licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.