Uso da Pegada Ecológica como Política Governamental para Gestão Ambiental do Serviço Público

: o caso da unidade prisional de Ceres – GO, Brasil.

Autores

  • Guilherme Soares Vieira UniEvangélica
  • carlos christian della giustina UniEvangélica

DOI:

https://doi.org/10.21664/2238-8869.2020v9i2.p191-209

Palavras-chave:

Pegada Ecológica; Agenda Ambiental; Presídios.

Resumo

A questão ambiental se tornou um problema mundial, notadamente a partir dos anos 1970, desafiando governos, empresas e a sociedade, de modo geral, a agirem no sentido de conservar o planeta para as futuras gerações. A pegada ecológica se constitui em um mecanismo de aferição do impacto ambiental que cada pessoa, instituição ou atividades tem em nosso planeta podendo, desta forma, constituir uma ferramenta de monitoramento e, assim desenvolver ações que visem a diminuição do consumo de recursos naturais. A administração pública criou uma agenda ambiental própria com a finalidade de diminuir o impacto ambiental de suas ações. Dentro desse contexto, as instituições prisionais desenvolvem pouca ou quase nenhuma ação ambiental, em que pese desenvolver atividades que impactam o meio ambiente. Neste sentido, o presente estudo teve como objetivo estimar a pegada ecológica da operação da unidade prisional de Ceres no Estado de Goiás. Com isso, a unidade poderá monitorar seus impactos ambientais por meio da gestão dos seus insumos, tais como o consumo de alimentos, água, energia elétrica. Os resultados demonstraram que a operação da unidade libera 96.790,5 kg de CO2 na atmosfera a cada ano, o que representa uma média de 645,27 kg de dióxido de carbono emitido por reeducando. Para neutralizar essa quantidade, seria necessário o plantio de 96 hectares de floresta por ano.

Referências

A.; KUS-FRIEDRICH, B.; POBLETE, P. 2010. Uma Grande Pegada num Pequeno Planeta? Contabilidade através da Pegada Ecológica. Ter sucesso num mundo com crescente limitação de recursos. Eschborn, Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ), 140 p. (Coleção “A sustentabilidade tem muitas faces”).
AMEND, T.; BARBEAU, B.; BEYERS, B.; BURNS, S.; EIßING, S.; FLEISCHHAUER, A.; KUS-FRIEDRICH, B.; POBLETE, P. 2010. Uma Grande Pegada num Pequeno Planeta? Contabilidade através da Pegada Ecológica. Ter sucesso num mundo com crescente limitação de recursos. Eschborn, Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ), 140 p. (Coleção “A sustentabilidade tem muitas faces”).
Associação Portuguesa dos Recusos Hídricos (APRH). Águas subterrâneas. Disponível em: < www.aprh.pt/pdf/triptico_CEAS.pdf > Acesso em 25 de fevereiro de 2018.
BECKER, M; MARTINS, T. S.; CAMPOS, F.; MORALES, J. C.A Pegada Ecológica de São Paulo - Estado e Capital e a família de pegadas. Brasília: WWF-Brasil, 2012. 114 p. ISBN 978-85-86440-46-5.
BELLEN, Hans Michael Van. Indicadores de Sustentabilidade: Uma Análise
BRANCO, Catarina Vidigal Pontífice Aguiar. A Pegada Ecológica das Organizações. Tese de Mestrado
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: < http://www.paulofreire.org/wpcontent/uploads/2012/PME/Con1988br.pdf>. Acesso em: 13/08/2017.
CARVALHO, Paulo Gonzaga Mibielli de. & CERVI, Jaison Luís. Pegada Ecológica do Município do Rio de Janeiro. Revista Iberoamericana de Economía Ecológica Vol. 15: 15-29. Disponível em: http://www.redibec.org/IVO/rev15_02.pdf. Rio de Janeiro. 2010.
CHAMBERS, N., Simmons, C. & M. Wackernagel. 2007. Sharing nature’s interest–Ecological footprint as an indicator of sustainability. London: Earthscan.
Comparativa. Rio de Janeiro. FGV, 2005.
D.M. 2010. Processo Formativo Escolas Sustentáveis e Com-Vida. Ouro Preto, Universidade Federal de Ouro Preto, 58 p.
DIAS, G. F. Pegada ecológica e sustentabilidade humana. São Paulo: Gaia, 2006.
FILHO, Jorge Gabriel Moisés. O Desenvolvimento Sustentável. Gestão Ambiental Pública. 2008.
FONSECA, J. J. S. Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC, 2002. Apostila
FONTANA, A.; FREY, J. The interview: from structured questions to negociated text. Thousand Oaks: Sage Pulications, 2003.
FRANCO, José Luiz de Andrade. O conceito de biodiversidade e a história da biologia da conservação: da preservação da wilderness à conservação da biodiversidade. São Paulo. História. 2013.
FREITAS, Claudio L. de; BORGERT, Altair; PFITSCHER, Elisete D. Agenda Ambiental na Administração Pública: Uma Análise da Aderência de uma IFES as Diretrizes Propostas pela A3P. In: XI COLÓQUIO INTERNACIONAL SOBRE GESTÃO UNIVERSITÁRIA NA AMÉRICA DO SUL – II CONGRESSO INTERNACIONAL IGLU, 2011, Florianópolis. Gestão Universitária, Cooperação Internacional e Compromisso Social. Disponível em: . Acesso em: 13/08/2017.
LEITE, A. M. F.; VIANA, M. O. de L. Pegada ecológica: instrumento de análise do metabolismo do socioecossistema urbano. In: VEIGA, J. E. da (org). Economia socioambiental. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2009.
LIMA, Raquel Araújo. A APLICAÇÃO DOS TRATADOS INTERNACIONAIS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL NO DIREITO INTERNO BRASILEIRO. Disponível em: http://www.cchla.ufrn.br/humanidades2009/Anais/GT05/5.1.pdf. Acesso em 01/10/2017.
LISBOA, Cristiane Kleba. E BARROS, Mirian Vizintim Fernandes. « A pegada ecológica como instrumento de avaliação ambiental para a cidade de Londrina », Confins [On line], 8 | 2010, posto online em 16 mars 2010. URL : http://confins.revues.org/index6395.html
M Bursztyn, A Mendes, I Sachs, C Buarque, L Dowbor… - Para pensar o desenvolvimento
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE - MMA. A3P. Agenda Ambiental na Administração Pública. Brasília, 2001. 80 p. Disponível em: < http://www.prt20.mpt.gov.br/ambiental/04-AgendaAmbiental.pdf>. Acesso em: 13/08/2017
MIRANDA, Evaristo Eduardo de. Quando o Amazonas corria para o Pacífico: uma história desconhecida da Amazônia. Petrópolis, Rio de janeiro: Vozes, 2007.
O’MEARA, M. “Explorando uma nova visão para as cidades”. Estado do Mundo, p.138-57,
Pereira, Lucas Gonçalves P414s Síntese dos métodos de pegada ecológica e análise emergética para diagnóstico da sustentabilidade de países – O Brasil como estudo de caso. -- Campinas, SP: [s.n.], 2008.
POLIT, D. F.; BECK, C. T.; HUNGLER, B. P. Fundamentos de pesquisa em enfermagem: métodos, avaliação e utilização. Trad. de Ana Thorell. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2004
Ribeiro Fernandes dos Santos, Marcia França, de Souza Xavier, Leydervan, Assunção Peixoto, José Antonio, Estudo do indicador de sustentabilidade “Pegada Ecológica”: uma abordagem teórico-empírica. Revista Ibero Americana de Estratégia [en linea] 2008, 7 [Fecha de consulta: 10 de febrero de 2018] Disponible en:<http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=331227111004> ISSN
ROOS & BECKER, v(5), n°5, p. 857 - 866, 2012., Disponível em: https://periodicos.ufsm.br/reget/article/viewFile/4259/3035. Acesso em 20 de maio de 2018.
SATO, M.; OLIVEIRA, H.; ZANON, A. M.; VARGAS, I. A.; WISIACK, S. R. C.; PEREIRA, D. M. Processo Formativo Escolas Sustentáveis e Com-Vida. Ouro Preto: UniversidadeFederal de Ouro Preto, 2010.
SILVEIRA, Denise Tolfo. III. Universidade Aberta do Brasil. IV. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Secretaria de Educação a Distância. Graduação Tecnológica – Planejamento e Gestão para o Desenvolvimento Rural.
SOUZA, L. V. E.; MCNAMEE, S.; DOS SANTOS, M. A. Avaliação como construção social: investigação apreciativa. Psicologia e Sociedade, Belo Horizonte, v. 22, n. 3, p. 598-607, 2010. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/psoc/v22n3/v22n3a20.pdf>. Acesso em: 7 jan. 2013.
Stoeglehner, G; Narodoslawsky, M. (2007). Implementing ecological footprinting in decision-making processes. Land Use Policy 25, 421-431.
TAVARES, Arilma Oliveira do Carmo; AGRA FILHO, Severino Soares. Aplicações da Pegada Ecológica no Brasil: um estudo comparativo. Revista Brasileira de Ciências Ambientais, São Paulo, n. 21, p.54-64, set. 2011. Trimestral.
VAN BELLEN, H. M. Indicadores de Sustentabilidade: uma análise comparativa. Tese (Doutorado em Engenharia de Produção) - Universidade Federal de Santa Catarina. CPGEP/UFSC, 250 p., 2002.
WACKERNAGEL, M. e REES, W. (1995). Our Ecological Footprint: Reducing Human Impact on the Earth.BC Canadá: New Society Publishers, Gabriola Island.
WACKERNAGEL, M.; REES,W. Our ecological footprint. The new catalyst bioregional series. Gabriola Island, B.C.: New Society Publishers, 1996.
WILSON, Edward O. Diversidade da Vida. São Paulo: Cia das Letras, 1994.
WWF – Fundo Mundial para a Natureza (2000) Living Planet Report 2002. Londres: World Wide Fund for Nature International (WWF).
WWI - Worldwatch Institute (2000) Sinais Vitais 2000: As Tendências Ambientais que Determinarão Nosso Futuro. http://www.wwiuma.org.br - Acessado em 18/02/2018

Downloads

Publicado

2020-08-31

Como Citar

VIEIRA, Guilherme Soares; GIUSTINA, Carlos christian della. Uso da Pegada Ecológica como Política Governamental para Gestão Ambiental do Serviço Público: : o caso da unidade prisional de Ceres – GO, Brasil. Fronteira: Journal of Social, Technological and Environmental Science, [S. l.], v. 9, n. 2, p. 191–209, 2020. DOI: 10.21664/2238-8869.2020v9i2.p191-209. Disponível em: https://periodicos.unievangelica.edu.br/index.php/fronteiras/article/view/4547. Acesso em: 4 maio. 2024.