Vanilla bahiana Hoehne: Caracterização Química e Avaliação de Atividade Antimicrobiana
DOI:
https://doi.org/10.21664/2238-8869.2025v14i1.p87-98Palavras-chave:
antibiograma, espectroscopia de Infravermelho, V. bahiana, triagem fitoquímicaResumo
A Vanilla bahiana é uma planta endêmica do Brasil cuja caracterização química e avaliação antimicrobiana são temas de grande relevância científica e econômica, devido às suas características únicas e diferenciadas em comparação com as espécies já presentes no mercado internacional. A baunilha, conhecida por ser uma das especiarias responsáveis por sabores e aromas mais populares no mundo, tem uma crescente demanda e uma concomitante redução em sua oferta global, tornando essencial a exploração de novas fontes e o conhecimento de suas propriedades. Além disso, a busca por novos antimicrobianos naturais é importante para serem inseridos no mercado, como no de fermentação etanólica, especialmente para combater bactérias contaminantes desse processo. Neste contexto, o presente trabalho avaliou a composição fitoquímica do extrato das favas de V. bahiana, presente no cerrado mineiro, e sua atividade antimicrobiana contra bactérias contaminantes da fermentação alcoólica e a levedura Saccharomyces cerevisiae. O extrato alcoólico foi preparado por maceração e submetido a caracterização fitoquímica, espectroscopia no infravermelho, quantificação de fenólicos totais, flavonoides totais e avaliação da atividade antioxidante. A avaliação antimicrobiana foi realizada através do método de antibiograma contra S. cerevisiae, L. mesenteroides e L. fermentum. A caracterização química apresenta uma rica composição fitoquímica, estando a presentes compostos fenólicos, flavonoides e triterpenoides, além de uma relevante atividade antioxidante, destacando seu potencial como fonte de compostos bioativos. Contudo, o extrato não demonstrou atividade antimicrobiana contra os microrganismos avaliados, sugerindo que os compostos presentes não são eficazes contra os mesmos. Estudos futuros são necessários para explorar outras possíveis aplicações terapêuticas e investigar mais a fundo os componentes bioativos desta planta. Ressalta-se também que os dados encontrados contribuem com novas informações sobre a v. Bahiana, uma planta pouco estudada e inserida no bioma cerrado, contribuindo para o conhecimento e valorização da biodiversidade brasileira
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