Níveis de Proficiência em Inglês no Brasil e na Argentina: Uma Questão de Reputação Global

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21664/2238-8869.2023v12i1.p287-301

Palavras-chave:

língua inglesa, níveis de proficiência, ranking mundial

Resumo

Este estudo fundamentado na Linguística Aplicada Brasileira contemporânea tem um duplo propósito. Primeiro, comparar os resultados dos níveis de inglês entre Brasil e Argentina, segundo o Ranking Mundial de Índice de Proficiência em inglês, de 2011 a 2021. Segundo, mostrar esses resultados para entender porque a Argentina alcança posições muito mais satisfatórias em proficiência em inglês do que o Brasil. Trata-se de um método de pesquisa quantitativa que visa coletar informações quantificáveis para análise estatística da amostra de dados (LUDKE & ANDRÉ, 2007), e também aliada à pesquisa bibliográfica. A amostra compreendeu doze relatórios de níveis de proficiência em inglês como segunda língua, elaborados pelo English First Proficiency Índex. O presente estudo concluiu que o nível de proficiência em inglês no Brasil permanece em categorias de baixo nível em todas as edições do Ranking. Esse resultado tem apresentado implicações consideráveis por perder a oportunidade de compartilhar e disseminar ideias, engajar pessoas de diferentes áreas de carreira e, principalmente, de estar sempre um passo à frente em um mundo hiperconectado.

Referências

BERRY, J. W. (1990). Psychology of acculturation: Understanding individuals moving between cultures. In R. W. Brislin (Ed.), Applied cross-cultural psychology. p. 232–253. Sage Publications, Inc.
BRITISH COUNCIL: Learning English in Brazil Understanding the aims and expectationsof the Brazilian emerging middle classes. 1st Edition | São Paulo. 2014.
CAMBRIDGE ESOL. Examples of Speaking Performance at CEFR Levels A2 to C2. University of Cambridge ESOL Examinations. Research and Validation Group. April, 2009.
CONSOLO, Douglas A. Avaliação da proficiência linguístico-comunicativa-pedagógica do professor de línguas: operacionalização de construto no Exame de Proficiência para Professores de Língua Estrangeira (EPPLE). Projeto trienal de pesquisa. São José do Rio Preto: UNESP, 2011.
DIAS, Mauricio. Sete décadas de história: Sociedade Brasileira de Cultura Inglesa. Rio de Janeiro, Sextante Artes, 1999.
EPI, EF. Relatórios EF-EPI (English Proficiency Index). EF Education First. Edições 2011-2019. Disponível em: <https://www.ef.com.br/epi/downloads/> Acesso em: 2020.
JORDÃO, C. M. O professor de língua estrangeira e o compromisso social. In: CRISTOVÃO, V. et al (Orgs.) Construindo uma comunidade de formadores de professores de inglês. Londrina, 2005.
LE BRETON, Jean-Marie. Reflexões anglófilas sobre a geopolítica do inglês. In: LACOSTE, Y.; RAJAGOPALAN, K. (orgs.) A Geopolítica do Inglês. São Paulo: Parábola, 2005, p. 12-26.
LENNON, P. Investigating Fluency in EFL: a Quantitative Approach. Language Learning, v. 40, 1990, p.387-417.
_________. Implementing the lexical approach: Putting theory into practice . Hove: Language Teaching Publications, 1997.
LITTLEWOOD, W. T. Communicative language teaching. Cambridge: Cambridge University Pr, 2011.

_________. (2000). Teaching Collocation. London: Commercial Color Press plc. LUOMA, S. (2004). Assessing speaking. Cambridge: Cambridge University Press.DOI: https://doi.org/10.1017/CBO9780511733017.
KAMHI STEIN LD (2009). Teacher preparation and nonnative English-speaking educators. In: Burns A, Richards JC (eds) The Cambridge Guide to Second Language Teacher Education. Cambridge: Cambridge University Press, 91–101.
KNIGHT, J. Cinco verdades sobre internacionalização. Revista Ensino Superior Unicamp, 2012. Disponível em: https://www.revistaens inosuperior.gr.unicamp.br/international-higher-education/cinco-verdades-a-respeito-da-internacionalizacao. Acesso em: 13 fev. 2023.
KRASHEN, S. D. Principles and practice in second language acquisition. Oxford: Pergamon, 1982.
MATEUS, Elaine F. Educação contemporânea e o desafio da formação continuada. In: GIMENEZ, Telma (Org) Trajetórias na formação de professores de línguas. Londrina: Editora UEL, 2002. p. 3-14.
MEGALE, A. Educação bilíngue no Brasil. Organização: Edição: Richmond. Fundação Santillana, 2019.
MELMAN, C. Imigrantes – Incidências subjetivas das mudanças de língua e país. Trad. Rosane Pereira. São Paulo: Escuta, 1992.
MOITA LOPES, L. P. (Org.) Discursos de identidades: discurso como espaço de construção de gênero, sexualidade, raça, idade e profissão na escola e na família. Campinas: Mercado Letras, 2003.
NAKATA, Y.(2010). Improving the classroom language proficiency of non-native teachers of English: What and how? RELC Journal, 41(1), p. 76-90.
PAIVA, V. L. M. Caos, Complexidade e Aquisição de Segunda Língua. In: PAIVA, Vera L.M.O.; NASCIMENTO, M. (org). Sistemas adaptativos complexos: língua(gem) e aprendizagem. Belo Horizonte: Faculdade de Letras/FAPEMIG, 2009.
PAIVA, V.L.M.O. (2003). A LDB e a legislação vigente sobre o ensino e a formação de professor de língua inglesa. In: STEVENS, C.M.T e CUNHA, M.J. Caminhos e Colheitas: ensino e pesquisa na área de inglês no Brasil. 2003. Brasília: UnB, p.53- 84.
RAJAGOPALAN, K. A geopolítica da língua inglesa e seus reflexos no Brasil. In: LACOSTE, Y.; RAJAGOPALAN, K. (orgs). A Geopolítica do inglês. São Paulo: Parábola Editorial, 2005.
Resoluciones N.° 2440-MEIGC/18 y N.° 1345-MEIGC/19. Disponível em: https://buenosaires.gob.ar/cursos-extracurriculares-de-lenguas/cursos-de-ingles-para-docentes. Acesso 20/06/2022.
RICHARD, J. C. & RODGERS. Approaches and Methods in Language Teaching. Cambridge: Cambridge University Press, 1986.
SCARAMUCCI, M.V.R (1997). A valiação de rendimento no ensino aprendizagem de Português língua estrangeira. In: J. C. P. de Almeida Filho. Ed. Parâmetros atuais para o ensino de português língua estrangeira. Campinas, Brazil: Pontes Editores, 75-88.
___________. Avaliação: mecanismo propulsor de mudanças no ensino/aprendizagem de língua estrangeira. Contexturas, n. 4, p. 115-124,
1999/2000.
___________. Proficiência em LE: considerações terminológicas conceituais. In SIGNORINI, I.; OTTONI, P.; FIAD, R. S. (Org.). Trabalhos em Lingüística Aplicada, 36:11-22, Campinas, jul./dez., 2000.
__________. O professor avaliador. In: ROTTAVA, L.; SANTOS, S. S. (Orgs). Ensino e Aprendizagem de Línguas - Língua Estrangeira.Editora Unijuí, p. 47-64. 2006.
__________. The lexical competence of university students to read in EFL. In: DELTA, SÃO PAULO, V. 13, N. 2, 1997. Disponível em: <http://www.scielo.br>. Acesso em: 09 out. 2006.
___________. Avaliação da leitura em inglês como língua estrangeira e validade de construto. Calidoscópio, v. 7, n. 1, p. 30-48, 2009.
SEIDLHOFER, B. Closing a conceptual gap: the case for a description of English as a lingua franca. International Journal of Applied Linguistics, v. 11, n. 2, p. 33-58, 1999.
UNESCO. Relatório de monitoramento global da educação. Resumo, 2019: migração, deslocamento e educação: construir pontes, não muros.
V. CHANDRA SEKHAR R. A Brief Study of English Language Proficiency: Employability. English for Specific Purposes World, ISSN 1682-3257, www.esp-world.info, Issue 49, v.17, 2016.

Downloads

Publicado

2023-04-28

Como Citar

SANTOS, Ivonete Bueno dos; FERREIRA, Marilia Mendes. Níveis de Proficiência em Inglês no Brasil e na Argentina: Uma Questão de Reputação Global. Fronteira: Journal of Social, Technological and Environmental Science, [S. l.], v. 12, n. 1, p. 287–301, 2023. DOI: 10.21664/2238-8869.2023v12i1.p287-301. Disponível em: https://periodicos.unievangelica.edu.br/index.php/fronteiras/article/view/6790. Acesso em: 5 maio. 2024.