Arranjo Institucional e Socioprodutivo Correlações e Sustentabilidade: Um Estudo de Caso no Município de Salvador, Bahia

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21664/2238-8869.2019v8i3.p397-417

Palavras-chave:

Arranjo Institucional, Arranjo Socioprodutivo, Turismo de Base Comunitária, Sustentabilidade

Resumo

Entende-se por Arranjos Produtivos Locais uma teia de emaranhados entre a esfera governamental e a sociedade civil organizada, pressupondo este como condicionante sine qua non para estabelecer estratégias para o desenvolvimento territorial sustentável, tal como sugere o Turismo de Base Comunitária (TBC). O objetivo deste artigo é identificar se o projeto TBC Cabula configura-se como arranjo institucional e socioprodutivo. A pesquisa foi realizada na região do Cabula, localizado no município de Salvador, Bahia. Aplicaram-se instrumentos metodológicos de abordagem qualitativa, utilizando a técnica de entrevistas estruturadas e semiestruturadas e observações de campo. Como resultado verificou-se que o projeto TBC Cabula compreende o enfoque de economia solidária, por meio de um arranjo institucional e socioprodutivo, que promove espaços de aprendizagem social, ambiental e política. Nestes espaços são realizadas diversas ações, a exemplo de eventos, feiras e oficinas, propiciando uma ambiência fértil para a vivência de diferentes atores da sociedade em direção à efetiva sustentabilidade.

Biografia do Autor

Luciane Cristina Ribeiro dos Santos, Pontifícia Universidade Católica do Paraná, PUC/PR, Brasil.

Doutorado em andamento em Engenharia de Produção e Sistemas pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná, PUC/PR, Brasil. Mestrado em Gestão Urbana pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná, PUC/PR, Brasil.

Carlos Alberto Cioce Sampaio, Fundação Universidade Regional de Blumenau, FURB, Brasil.; Universidade Federal do Paraná, UFPR, Brasil.

Doutorado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina, UFSC, Brasil, com período sanduíche em Ecole des Hautes Études en Sciences Sociales. Professor na Fundação Universidade Regional de Blumenau, FURB, Brasil.; e na Universidade Federal do Paraná, UFPR, Brasil.

Mario Procopiuck, Pontifícia Universidade Católica do Paraná, PUC/PR, Brasil.; Universidade Positivo, POSITIVO, Brasil.

Doutorado em Administração pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná, PUC/PR, Brasil. Professor na Pontifícia Universidade Católica do Paraná, PUC/PR, Brasil.; e na Universidade Positivo, POSITIVO, Brasil.

Francisca de Paula Santos da Silva, Universidade do Estado da Bahia, UNEB, Brasil.

Doutorado em Educação pela Universidade Federal da Bahia, UFBA, Brasil. Professora na Universidade do Estado da Bahia, UNEB, Brasil.

Raquel Panke, Pontifícia Universidade Católica do Paraná, PUC/PR, Brasil.

Doutorado em Gestão Urbana pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná, PUC/PR, Brasil. Professora na Pontifícia Universidade Católica do Paraná, PUC/PR, Brasil.

Referências

Albagli S, Brito J 2003 [homepage da Internet]. Glossário de arranjos produtivos locais: Projeto Políticas Promoção de Arranjos Produtivos Locais de MPME. UFRJ/IE/redeSist, Rio de Janeiro. [acesso 5 Ago. 2017]. Disponível em: http://www.ie.ufrj.br/redesist/Glossario/Glossario%20 Sebrae.pdf.
Alves K, Santos ACS 2013. Turismo de base comunitária e tecnologias educativas. In FPS Silva (org.). Turismo de base comunitária e cooperativismo: articulando pesquisa, ensino e extensão no Cabula e entorno, EDUNEB, Salvador, 313p.
Börzel TJ 1998. Organizing babylon: on the different conceptions of policy networks. Public Administration, 76:253-273.
Brasil 2005 [homepage da Internet]. Ministério do Trabalho e Emprego. Secretaria Nacional de Economia Solidária. A economia solidária, 2005. [acesso 25 Jan. 2017]. Disponível em: http://trabalho.gov.br/ecosolidaria/o-que-e-economia-solidaria.htm.
Bruna GC 2012. Arranjos produtivos locais como estimuladores do desenvolvimento e da sustentabilidade. In: A Philippi JR, CAC Sampaio, V Fernandes (orgs.). Gestão de natureza pública e sustentabilidade. Manole, Barueri, 1108 pp.
Buzzatti APA 2007. Economia popular solidária frente às transformações contemporâneas no mundo do trabalho. Universidade Federam do Matogrosso do Sul, Santa Maria.
Caban LC 2008. Análise comparativa das instituições e organizações agroindustriais citrícolas dos estados da Flórida (EUA) e São Paulo (Brasil). Dissertação de Mestrado, Universidade Federal de São Carlos, São Paulo.
Dallabrida VR 2003. Gobernanza y planificación territorial: para la institucionalización de una práctica de “concertación público-privada”. Documentos y aportes en administración pública y gestión estatal, Santa Fé, 3(4):61-94.
FBES 2019 [homepage da Internet]. Fórum Brasileiro de Economia Solidária. [acesso 12 mar. 2019]. Disponível em: http://fbes.org.br/.
Fiani R 2013 [homepage da Internet]. Arranjos institucionais e desenvolvimento: O papel da coordenação em estruturas híbridas. 1815 Texto para discussão. IPEA. [acesso 25 Jan. 2017]. Disponível em: http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/971/1/TD_1815.pdf.
Fox IK 1976. Institutions for water management in a changing world. Natural Resources Journal, 16:743-758.
Frey K 2007. Governança urbana e participação pública. RAC-eletrônica, 1(1):136-150.
Hollingsworth JR 2000. Theme Sction doing institutional analysis: implications for the study of innovations. Review of international political economy, 7(4):595-644.
Jia W, Liu LR, Xie XM 2010. Diffusion of technical innovation based on industry-university-institute cooperation in industrial clusters. The Journal of China Universities of Posts and Telecommunications, 17:45-50.
Jornal O Estado de São Paulo 2019 [homepage da Internet]. Governo Bolsonaro paralisa e esvazia conselhos e comissões. [acesso 17 mar. 2019]. Disponível em: https://politica.estadao.com.br/ noticias/geral,governo-bolsonaro-paralisa-e-esvazia-conselhos-e-comissoes,70002743226.
Leff E 2006. Epistemologia Ambiental. 4.ed. Cortez, São Paulo.
Maluf RB 2005. Programa de desenvolvimento do APL de confecções - rua do Uruguai e entorno. Programa de Requalificação da Península de Itapagipe, Salvador.
Mance EA 2003. Como organizar redes solidárias. DP&A, Fase, IFIiL, Rio de Janeiro.
Marques EC 1997. Notas críticas à literatura sobre o estado, políticas estatais e atores políticos. BIB, 43:67-102.
Max-Neef M 2005. Prefácio. In CAC Sampaio. Turismo como fenômeno humano. Edunisc, Santa Cruz do Sul.
Miller HT 1994. Post-Progressive Public Administration: lessons from policy networks. Public Administration Review, 54(4):378-386.
Muls LM 2008. Desenvolvimento local, espaço e território: o conceito de capital social e a importância da formação de redes entre organismos e instituições locais. Economia, 9(1):1-21.
Nascimento CA 2011. Autogestão e o “novo cooperativismo”. In E Benini, FM Sardá, HT Novaes, R Dagnino. Gestão Pública e Sociedade: fundamentos e políticas públicas de economia solidária. Outras Expressões, São Paulo.
Nascimento IVO 2008. Os arranjos produtivos locais do turismo nas praias do Trairi – Ceará. Dissertação de Mestrado, Universidade Estadual do Ceará – UECE, Fortaleza Ceará, 180 pp.
Noronha EG, Turchi L 2005 [homepage da Internet]. Política industrial e ambiente industrial na análise de arranjos produtivos locais. Texto para discussão. IPEA. Brasília. [acesso 25 Jan. 2017]. Disponível em: http://www.ipea.gov.br/agencia/images/stories/PDFs/TDs/td_1076.pdf.
Paulista G, Varvakis G, Montibeller-Filho G 2008. Espaço emocional e indicadores de sustentabilidade. Ambiente & Sociedade, 11(1):185-200.
Powell W 1990. Neither market nor hierarchy: network forms of organization. Ressearch in organization Behavior, 12:295-336.
Procopiuck M 2013. Políticas públicas e fundamentos da administração pública: Análise e Avaliação: governança e redes de políticas, administração judiciária. Atlas, São Paulo, 383 pp.
Putnam RD 1996. Comunidade e democracia: a experiência da Itália moderna. Tradução de Luiz Alberto Monjardim. Fundação Getúlio Vargas, Rio de Janeiro.
Razeto LM 2011 [homepage da Internet]. O que é a economia de solidariedade. [acesso 25 Jan. 2017]. Disponível em: http://www.luisrazeto.net/content/i-o-que-%C3%A9-economia-de-solidariedade.
Rhodes RAW 2006. Policy network analysis. In M Moran, M Rein, RE Goodin (eds.). The Oxford Handbook of Public Policy. Oxford University Press, Oxford, p. 423-45.
Rhodes RAW, Marsh D 1992. New directions in the study of policy networks. European Journal of political research, 21:181-205.
Sachs I 2003 [homepage da Internet]. O tripé do desenvolvimento includente. Palestra Magna. Seminário de Inclusão Social. BNDES. 22 e 23 de setembro de 2003. [acesso 25 jan. 2017]. Disponível em: www.http://ignacisachs.blogspot.com.br/2008/12o-trip-do-desenvolvimento-includente.html.
Sachs I 2007. Rumo à Ecossocioeconomia: teoria e prática do desenvolvimento. Cortez Editora, São Paulo, 472 pp.
Sáenz RC 2012. Gobernanza y democracia: de vuelta al ríoturbio de la polític. Revista Gestión y Política Pública, 21(2):333-374.
Sampaio CAC, León C, Dallabrida IS, Pellin V 2008. Arranjo socioprodutivo de base comunitária: o aprendizado a partir das cooperativas de Mondragón. Organizações & Sociedade, 15(46):77-98.
Sampaio CAC, Santos LCR, Ribeiro LS 2014. A ecossocioeconomia e a economia solidária, uma aproximação teórica. In I Seminário Nacional de economia solidária. Ponta Grossa, Paraná.
Senra KV 2007. Políticas e instituições para o desenvolvimento econômico territorial (DET) no Brasil. Boletim Regional. Informativo da Política Nacional de Desenvolvimento Regional, n. 4 mai/ago. Ministério da Integração Nacional/Secretaria de Políticas de Desenvolvimento Regional, Brasília, p. 7-14.
Silva FPS (org.) 2013. Turismo de Base Comunitária e Cooperativismo: articulando pesquisa, ensino e extensão no Cabula e entorno. EDUNEB, Salvador, 313 pp.
Silva FPS, Sá NSC (org.) 2012. Cartilha (in)formativa sobre Turismo de Base Comunitária “O Abc do TBC”. Eduneb, Salvador, 32 pp.
Singer P 2002. Introdução à economia solidária. Editora Fundação Perseu Abramo, São Paulo.

Downloads

Publicado

2019-09-01

Como Citar

SANTOS, Luciane Cristina Ribeiro dos; SAMPAIO, Carlos Alberto Cioce; PROCOPIUCK, Mario; SILVA, Francisca de Paula Santos da; PANKE, Raquel. Arranjo Institucional e Socioprodutivo Correlações e Sustentabilidade: Um Estudo de Caso no Município de Salvador, Bahia. Fronteira: Journal of Social, Technological and Environmental Science, [S. l.], v. 8, n. 3, p. 397–417, 2019. DOI: 10.21664/2238-8869.2019v8i3.p397-417. Disponível em: https://periodicos.unievangelica.edu.br/index.php/fronteiras/article/view/3625. Acesso em: 25 dez. 2024.