A Outra Face da Migração Feminina: os filhos que ficam
DOI:
https://doi.org/10.21664/2238-8869.2015v4i2.p15-30Resumo
O fenômeno da migração tem aumentado em todo o mundo, destacando-se o protagonismo das mulheres num terreno que, tradicionalmente, era percorrido pelos homens. No Brasil, esse fenômeno também é uma realidade. Objetivo geral deste artigo foi compreender as repercussões da migração da mãe, para o exterior, na vida dos filhos que ficaram. Foram investigados: o impacto sentido pelos filhos, a partir da migração da mãe; o desenvolvimento deles nos aspectos social, emocional/afetivo e escolar; as estratégias de convivência estabelecidas na nova realidade e as expectativas para o futuro. Foram entrevistados sete adolescentes, de ambos os sexos, na faixa etária entre 13 e 18 anos, filhos de mulheres que migraram. Os resultados indicam que os filhos sentiram fortemente o impacto da migração de sua mãe. O desenvolvimento deles foi alterado, podendo-se perceber sentimentos negativos. Em relação às expectativas para o futuro a maioria deles deseja formar uma família tradicional.
Palavras chave: Migração Feminina; Filhos; Mães; Relacionamento.
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