Desenvolvimento à Escala Humana (DEH). Perspectivas para Pensar a Arte, Atividade Física e Alimentação Enquanto Satisfatores Sinérgicos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21664/2238-8869.2022v11i3.p188-201

Palavras-chave:

desenvolvimento à escala humana, necessidades humanas fundamentais, bem viver, problemática socioecológica

Resumo

Desenvolvimento à escala humana é tema intrigante, sobretudo em tempos de Pandemia, enquanto possibilidade para (re)pensar modos de vida que sejam alternativos a sociedade de consumo. Objetiva-se revisitar a teoria do Desenvolvimento à escala humana, para tratar da arte, atividade física e alimentação, enquanto satisfatores sinérgicos das necessidades humanas fundamentais. Trata-se de um ensaio teórico, valendo-se de ilustração empírica, como bem fazia o idealizador do Desenvolvimento à escala humana, Manfred Max-Neef e seus dois colaboradores, Antônio Elizalde e Martin Hopenhayn. Arte pode representar emoções e sentimentos latentes de uma sociedade que resiste a ótica do mercado. Atividade física realizada na natureza e alimentação, ambos representam elementos da saúde integrativa, e que previnem níveis de stress desbalanceados, o que evita patologias decorrentes de um um estilo fast de vida, em decorrência da sociedade de consumo. Desenvolvimento à escala humana pode, então, estabelecer-se como estratégia de promoção de bem viver, no que se refere as suas vertentes do bem estar social e ecologismo.

Referências

Alcântara, L. C. S.; Sampaio, C. A. C. “Indicadores de bem viver: pela valorização de identidades culturais”. Revista Desenvolvimento e Meio Ambiente, v.53: 78 - 101, 2020.
Alcântara, L. C. S.; Sampaio, C. A. C. Bem viver e ecossocioeconomias. (Cuiabá: EdUFMT), 96, 2019.
Almeida, P. T.; Teixeira, Y.; Santos, N. T. Q. Dos.; Tavares, M. A.; Sobreira, L. De O. A.; Oliveira, R. De S.; Araújo, Y. T. E. De; Figueiredo, A. K. G. De; Sobreira, C. J. R.; Menezes, C. M. B. de; Cunha, L. A. Q. C. da; Lima, S. C. de; Araújo, B. da C.; Lima, L. R.; Hartcopff, P. F. P.; Santana, E. N. da C.; Sousa, L. N. de.; Silva, P. N. da. “Use of dietary supplements by physical activity practitioners”. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 2, p. e12610212355, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i2.12355. Available at: https://www.rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/12355. Accessed em 3 nov. 2021
Auge, M. Non luoghi. (Milano: Eleuthera, 2002).
Azkarraga E.J. Educación, sociedad y transformación cooperativa. (Eskoriatza: Instituto de Estudios Cooperativos Lanki/Universidad di Mondragon, 2010).
Bauman, Z. Community: Seeking safety in an insecure world. (NW: John Wiley & Sons, 2013).
Berkes, F. Sacred ecology: traditional ecological knowledge and resource management. (Philadelphia, PA: Taylor & Grancis, 1999).
Bonet, L., Castaner, X. and Font S., J. (Coords.). Gestión de projectos culturales: análisis de casos. (Barcelona: Ed. Ariel, 2006).
Busquet, J. A cultura. (Editorial UOC Oberta UOC Publishing, 2015).
Cabanilla, E. Turismo comunitario, su complejidad y aporte al buen vivir: construcción de políticas públicas en base a modelo complejo de desarrollo territorial. In: Primer encuentro internacional de Turismo Comunitario y Social de la UNASUR. Actas …, La Paz, Bolivia, 2014: 01-06.
Carl, J., Sudeck, G. and Pfeifer, K. “Competencies for a healthy physically active lifestyle: reflections on the model of physical activity-related health competence”. Journal of Physical Activity and Health, 17, 7, 2020: 688-697.
Davison, J. et al. “Exploring the association between mental wellbeing, health-related quality of life, family affluence and food choice in adolescents”. Appetite, Mar. 2021: 158-105020. doi: 10.1016/j.appet.2020.105020.
Escobar, A. El postdesarrollo como concepto y práctica social. In: Mato D. (coord.). Políticas de economía, ambiente y sociedad en tiempos de globalización. (Caracas. Facultad de Ciencias Económicas y Sociales - Universidad Central de Venezuela, 2005): 17-31.
Fernandes, V.; Sampaio, C. A. C. A natureza da problemática socioambiental. In: Silva, S. D. E; Sayago, D./ Toni, F; Campos, F. I. Ensaios em ciências ambientais: crises riscos e racionalidades. (Rio de Janeiro: Garamond, Vol. 1, 2016): 153-166.
Fisher. D.; Richter, M. S.; Romano, R. G.; Sampaio, C. A. C.; Turnes, V. Ferraz, I. S.; Procopiuck, M. “Comunidade que sustenta a agricultura e o desperdício de alimentos em Curitiba (PR)”. Revista Sociedade & Território, prelo.
Florit, L. F.; Sampaio, C. A. C. Philippi Jr, A. O desafio da ética socioambiental. In: Florit, L. F.; Sampaio, C. A. C.; Philippi Jr, A. Ética socioambiental. (Barueri : Manole, 2019): 3-16.
Forno, F.; Weiner, R. R. Sustainable community movement organizations: solidarity economies and rhizomatic practices. (London, New York: Routledge, 2020).
Giraldo F., L.; Wells, G. B. “Redefiniendo la sostenibilidad desde una perspectiva situada: desafíos de museos comunitarios del sur de Chile”. Polis, 53, 2019.
Geertz, C. The Interpretation of cultures: selected essays. (New York: Basic, 1973).
Gill, J.; Taylor, D. Active ageing: live longer and prosper. (London: University College London, 2012).
Gómez, L. Modos de vida, artes y oficios: El desarrollo a escala humana en el accionar pedagógico. Valdivia, 2018. Tesis (Magíster en Desarrollo a Escala Humana y Economía Ecológica) - Escuela de Graduados de la Facultad de Ciencias Económicas y Administrativas, Universidad Austral de Chile.
Gudmundsson, H. and Höjer, M. (1996). “Sustainable development principles and their implications for transport”. Ecological Economics, Vol. 19: 269-282.
Hallal, P. C.; Pratt, M. “Physical activity: moving from words to action”. The Lancet Global Health, 8, 7, 2020: 867-868.
Harridge, S.; Lazarus, N.R. “Physical activity, aging, and physiological function”. Physiology, 32, 2, 2017: 152-161.
Hidalgo-Capitán, A. L. “Economía Política del Desarrollo. La construcción retrospectiva de una especialidad académica”. Revista de economía mundial, 28, 2011: 279-320.
Ibarra, I. A.V. Educación a escala humana: formación de microsistema educativo en “artes, oficios y saberes tradicionales en São Gonçalo Beira Rio, Mato Grosso, Brasil, Valdivia, 2018. Tésis (Magíster en Desarrollo a Escala Humana y Economía Ecológica) - Facultad de Ciencias Económicas y Administrativas, Universidad Austral de Chile.
ISPAH International Society for Physical Activity and Health. “The Bangkok declaration on physical activity for lobal health and sustainable development”. British Journal of Sports Medicine, 51, 19, 2017: 1389-1391.
Kwon, D. Y. “Ethnic foods and globalization”. Journal of Ethnic Foods, 4, 2017: 1-2.
Latouche, S. "Degrowth economics." Le Monde Diplomatique, 11, 2004 : 1-5.
Lee, C.-W; Hung, H.-C.; Lin, L.-C. “Art and cultural participation and life satisfaction in adults: the role of physical health, mental health, and interpersonal relationship”. Frontiers in Public Health, v. 8: 1030, 2020.
Leff, E. "Agroecologia e saber ambiental." Agroecologia e desenvolvimento rural sustentável, 3, 1, 2002: 36-51.
Lent, R. Cem bilhões de neurônios: conceitos fundamentais de neurociências. (São Paulo: Atheneu, 2004).
Lyons, C. O. Listening to natural law. In: Nelson, M. K. (Ed.). Original instructions: indigenous teachings for a sustainable future. (Rochester: Bear & Company, 2008): 22-26.
Maciel, E. S.; Oetterer, M. O desafio da alimentação como fator de qualidade de vida na última década. In: Vilarta, R; Gutierrez, G. L; Monteiro, M. I. (Org.). Qualidade de vida: evolução dos conceitos e práticas no século XXI. (Campinas: IPÊS, 1, 2010): 19-26.
Max-Neef, M.A. Economía herética: Treinta y cinco años de contracorriente. (Barcelona: Icaria, 2017).
Max-Neef, M. A, Elizalde, A., Hopenhayn, M. Desenvolvimento à escala humana: concepção, aplicação e reflexos posteriores. (Blumenau: EdiFurb, 2012).
Moore, J. W. “The capitalocene. Part I: on the nature and origins of our ecological crisis”. The Journal of Peasant Studies, 44, 2017: 594-630.
Naess, A. "Deep Ecology and Ultimate Premises." Ecologist, 18, 1988: 128-31.
Nieuwenhuijsen, M. J. :Urban and transport planning pathways to carbon neutral, liveable and healthy cities: a review of the current evidence”. Environment international, 140. 2020.
OECD, The Organisation for Economic Co-operation and Development. (OECD Better Life Index. Paris: OECD. 2021). Available at <http://www.oecdbetterlifeindex.org/>. (Accessed 18 april 2021).
Parra-Rizo, M. A.; Sanchis-Soler, G. “Satisfaction with life, subjective well-being and functional skills in active older adults based on their level of physical activity practice”. International journal of environmental research and public health, 17, 4, 2020: 1299.
Pecqueur, B. “Esquisse d'une géographie économique territoriale” . L’Espace géographique, 3, 43, 2014: 198-214.
Reyes, L. G. Colapso del capitalismo global y transaciones hacia sociedades ecomunitarias: mirando más allá del empleo. (Manu Robles Arangiz Fundazioa. Bilbao, 2020).
Romano, R. G., Shäfer, G., Sampaio, C. A. C.; Garcia, M. “Ecoenogastronomia: sustentabilidade e resgate cultural na produção de vinhos na Serra Gaúcha, Brasil”. Revista Àgora, 21, 1, 2019: 93-105.
Rudd, J. R., Pesce, C., Strafford, B.W.; Davis, K. “Physical literacy: journey of individual enrichment: An ecological Dynamics rationale for enhancing performance and physical activity in all”. Frontiers in Psychology, 11, 2020: 1904.
Sampaio, C. A. C., Alcântara, L. C. S.; Vieira, P. H. F. “Bem Viver: uma alternativa para repensar modos de vida pós-Pandemia do novo Coronavírus (COVID-19)”. Revista Desenvolvimento e Meio Ambiente (UFPR), v. 60, no. 1., 2022.
Sampaio, C.A.C., Parks, C.D., Mantovaneli Jr, O., Quinlan, R.J. and Alcântara, L.C.S. “Good living for the next generation: between subjectivity and common good from the perspective of eco-socio-economy”. Revista Saúde e Sociedade, 26, 2017: 40-50.
Santos, B. S. A cruel pedagogía do virus. (Coimbra. Editora Almedina. Abril, 2020): 35.
Silva, F. R. L., Sanata, F., Venancio, P. E. M; Oliveira-Silva, I. “Atividade física incidental e sua relação com a qualidade de vida e índice de massa corporal de trabalhadores de uma indústria têxtil de Jaraguá-GO”. International Journal of Development Research, 11, 3, 2021: 44979-44983.
Silva, J. M. M., Oliveira, J. G. B., Bohn, L.; Sampaio, C.A.C. “Cyklistforbundet: da ecossocioeconomia à Convivencialidade”. Revista Desenvolvimento e Meio Ambiente, 41, 2017: 19-39.
Smith, P. B.; Max-Neef, M. Economics unmasked: from power and greed to compassion and the common goof. (Cambridge: Green Books, 2011).
Steffen, W., Richardson, K., Rockström, J., Cornell, S. E., Fetzer, I., Bennett, E. M.; Sörlin, S. “Planetary boundaries: guiding human development on a changing planet”. Science 347, 2015: 6223.
UN, United Nations. A WHO study shows that art can be good for health. 2019. Available at:https://news.un.org/en/story/2019/11/1694131. (Accessed on 15 November 2021)
UN, Uited Nations. UNDP, United Nations Development Program. (2020). Human development reports. New York: UNDP. New York: UNDP.
Vita, G., Hertwich, E. G., Stadler, K., Wood, R. “Connecting global emissions to fundamental human needs and their satisfaction”. Environ Res Lett. 2019; 14(1):014002. doi:10.1088/1748-9326/aae6e0.
UN, United Nation, WHO, World Health Organization. Global action plan on physical activity 2018-2030: more active people for a healthier world. (World Health Organization, 2019)..
UN, United Nation, WMO, World Meteorological Organization. Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC): Climate Change 2021. The Physical Science Basis. (Genebre: WMO, 2021).

Downloads

Publicado

2022-09-23

Como Citar

SAMPAIO, Carlos Alberto Cioce; ALCâNTARA, Liliane Cristine Schlemer; SILVA, Iransé Oliveira; SAMPAIO, Mauro Vicenzo Bona Cioce; ALCâNTARA, Paula de. Desenvolvimento à Escala Humana (DEH). Perspectivas para Pensar a Arte, Atividade Física e Alimentação Enquanto Satisfatores Sinérgicos. Fronteira: Journal of Social, Technological and Environmental Science, [S. l.], v. 11, n. 3, p. 188–201, 2022. DOI: 10.21664/2238-8869.2022v11i3.p188-201. Disponível em: https://periodicos.unievangelica.edu.br/index.php/fronteiras/article/view/6528. Acesso em: 26 abr. 2024.

Edição

Seção

Edição Especial - 2022