O Legado Humano na Paisagem do Parque Nacional da Tijuca: Uso, Ocupação e Introdução de Espécies Exóticas

Autores

  • Alexandro Solórzano Universidade Católica do Rio de Janeiro, PUC-Rio, Brasil.
  • Gabriel Paes da Silva Sales Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, PUC-Rio, Brasil.
  • Rafael da Silva Nunes Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, PUC-RIO, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.21664/2238-8869.2018v7i3.p43-57

Palavras-chave:

Sistemas Socioecológicos, Ecologia Histórica, Jaqueira (Artocarpus heterophyllu Lam.)

Resumo

Atualmente, a perspectiva de sistemas socioecológicos permite ao investigador realizar um estudo acoplado da dimensão físico-ecológica com a dimensão humana. No presente trabalho vamos cruzar as informações da História Ambiental da Floresta da Tijuca com dados de distribuição geográfica da jaqueira (Artocarpus heterophyllus Lam.) para melhor compreensão do seu papel no sistema socioecológico que atualmente abrange o Parque Nacional da Tijuca (PNT). A partir de investigações de campo encontramos uma associação espacial da atual distribuição da jaqueira com áreas de borda floresta/comunidade, bem como associada à antigas chácaras e ruínas, e relacionada à antigas áreas de produção de carvão na floresta. Estas evidências iniciais abrem um outro olhar sobre a jaqueira nas florestas urbanas sob um ponto de vista socioecológico com uma perspectiva funcionalista dos serviços ecossistêmicos.

Biografia do Autor

Alexandro Solórzano, Universidade Católica do Rio de Janeiro, PUC-Rio, Brasil.

Doutorado em Ecologia pela Universidade de Brasília, UnB, Brasil. Docente na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, PUC-Rio, Brasil.

Gabriel Paes da Silva Sales, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, PUC-Rio, Brasil.

Doutorado em andamento em Geografia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, PUC-Rio, Brasil. Mestrado em Geografia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, PUC-Rio, Brasil.

Rafael da Silva Nunes, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, PUC-RIO, Brasil.

Doutorado em andamento em Geografia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, PUC-RIO, Brasil. Mestrado em Geografia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, PUC-Rio, Brasil.

Referências

Abreu MA 2010. Geografia Histórica do Rio de Janeiro (1502-1700). Andrea Jakobson Estúdio, Rio de Janeiro, 484 pp.
Abreu RCR, Rodrigues PJFP 2010. Exotic tree Artocarpus heterophyllus (Moraceae) invades the Brazilian Atlantic Rainforest. Rodriguésia 61(4):677-688.

Balée W 2006. The Research Program of Historical Ecology. Annual Review of Anthropology 35:75-98.

Balée W, Erickson C 2006. Time, complexity, and historical ecology. In W Balée, C Erickson. Time and complexity in historical ecology: studies in the neotropical lowlands. Columbia University Press, New York.

Barata CEA, Gaspar CBA 2015. Fazenda Nacional da Lagoa Rodrigo de Freitas. Rio de Janeiro, 280 pp.

Corrêa MP 1984. Dicionário das plantas úteis do Brasil e das exóticas cultivadas. vol. 4. Ministério da Agricultura, Rio de Janeiro.

Crumley C 1994. Historical ecology: a multidimensional ecological orientation. In C Crumley. Historical ecology: cultural knowledge and changing landscape. School of American Research Press, Santa Fe, p. 1-16

Chaves CM, Martins HF, Carauta JPP, Lanna-Sobrinho JP, Vianna MC, Silva SAF 1966. Arboreto Carioca 3. Centro de Conservação da Natureza, Rio de Janeiro, 28 pp.

Engemann C, Chagas J, Santos RS, Borges AC, Oliveira RR 2005. Consumo de recursos florestais e produção de açúcar no período colonial: o caso do Engenho do Camorim, RJ. In RR Oliveira. As marcas do homem na floresta: História Ambiental de um trecho urbano de Mata Atlântica. Editora PUC-Rio, Rio de Janeiro, p. 119-142.

Fernandez ACF 2012. Um Rio de florestas: uma reflexão sobre o sentido da criação dos parques na cidade do Rio de Janeiro. Estudos Históricos 24(47):141-161.

Ferrão JEM 1992. A aventura das plantas e os descobrimentos portugueses. Instituto de Investigação Científica Tropical, Lisboa.

Glaser M, Krause G, Oliveira RS, Fontalvo-Herazo M 2010. Mangrove Dynamics and Management in North Brazil. In U Saint-Paul, H Schneider. Mangrove Dynamics and Management in North Brazil. Ecological Studies Springer-Verlag Heidelberg, Berlin, p 307-351.

Haq N 2006. Jackfruit, Artocarpus heterophyllus. Southampton Centre for Underutilised Crops (SCUC), University of Southampton,192 pp.

Hobbs RJ, Higgs ES, Hall CM 2013. Defining novel ecosystems. In: RJ Hobb, ES Higgs, CM Hall. (eds.), Novel Ecosystems: Intervening in the New Ecological World Order, Wiley-Blackwell, Oxford, p. 58-60

Hutter LM 2005. Navegação nos séculos XVII e XVIII. Rumo: Brasil. Editora da Universidade de São Paulo, São Paulo.
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) 2012. Manual Técnico da Vegetação Brasileira. 2 ed. Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística, Rio de Janeiro, 271 pp.

Morton JF 1965. The jackfruit (Artocarpus heterophyllus Lam.) its culture, varieties and utilization. Proceedings of the Florida State Horticultural Society 78:336-344.

Oliveira RR 2008. Environmental History, Traditional Populations and Paleo-territoires in the Brazilian Atlantic Coastal Forest. Global Environment 1:176-191.

Oliveira RR, Fraga JS, Berck DE 2011. Uma floresta de vestígios: metabolismo social e a atividade de carvoeiros nos séculos XIX e XX no Rio de Janeiro, RJ. INTERthesis 8:286-315.

Oliveira RR, Solórzano A 2014. Três hipóteses ligadas à dimensão humana da biodiversidade da Mata Atlântica. Fronteiras: Journal of Social, Technological and Environmental Science 3(2):80-95.

Oliviera RR 2007. Mata Atlântica, paleoterritórios e história ambiental. Ambiente e Sociedade 4(2):11-23.

Rio de Janeiro 2011. SIG Floresta. [Acesso 17 ago 2017]. Disponível em: http://sigfloresta.rio.rj.gov.br..

SCUC (Southampton Centre for Underutilised Crops) 2006. Jackfruit Artocarpus heterophyllus, Field Manual for Extension Workers and Farmers. SCUC, UK, Southampton, 27 pp.

SMAC (Secretaria Municipal de Meio Ambiente) 2015. Inventário da Cobertura Arbórea da Cidade do Rio de Janeiro. Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro vol. 1, 232 pp.

Solórzano A, Ruíz AEL, Oliveira RR 2016. Landscape reading of urban forests in Rio de Janeiro: interpreting past and current socioecological interactions in Rio de Janeiro. Historia Ambiental Latinoamericana y Caribeña 6(1):1-12

Solórzano A., Cabral DC, Oliveira RR 2015. Introdução de espécies, produção de carvão e a história ambiental das florestas urbanas do Rio de Janeiro. In A Ferreira, J Rua, RC Mattos. Desafios da Metropolização do Espaço. 1.ed. Consequência, Rio de Janeiro 2015, p. 85-104.

Steffen W, Broadgate W, Deutsch L, Gaffney O, Ludwig C 2015. The trajectory of the Anthropocene: The Great Acceleration. The Anthropocene Review 2(1)81-98.

Thomas CA1980. Jackfruit, Artocarpus heterophyllus Lam. (Moraceae), as source of food and income. Economic Botany 34(2)154-159.

UNESCO–SCBD (Joint Program between biological and cultural diversity) 2014. Florence Declaration on the Links Between Biological and Cultural Diversity. Florence (Italy), 11 April 2014.

Westley F, Carpenter SR, Brock WA, Holling CS, Gunderson LH 2002. Why systems of people and nature are not just social and ecological systems. In LH Gunderson, CS Holling. Panarchy: Understanding, Transformations in Human and Natural Systems. Island Press, Washington D.C.

Worster D 1991. Para fazer história ambiental. Estudos Históricos 4(8)198-215.

Yung L, Schwarze S, Carr W, Chapin III FS, Marris E. 2013. Engaging the public in novel ecosystems. In RJ Hobb, ES Higgs, CM Hall. (eds.). Novel Ecosystems: Intervening in the New Ecological World Order. Wiley-Blackwell, Oxford, p. 247-256.

Downloads

Publicado

2018-12-24

Como Citar

Solórzano, Alexandro, Gabriel Paes da Silva Sales, e Rafael da Silva Nunes. 2018. “O Legado Humano Na Paisagem Do Parque Nacional Da Tijuca: Uso, Ocupação E Introdução De Espécies Exóticas”. Fronteira: Journal of Social, Technological and Environmental Science 7 (3):43-57. https://doi.org/10.21664/2238-8869.2018v7i3.p43-57.

Edição

Seção

Dossiê - História e Natureza na América Latina