RELAÇÃO DA ESCOLARIDADE COM O NÚMERO DE MORTES POR CÂNCER DE COLO UTERINO

Resumo

O câncer do colo do útero apresenta-se como problema de saúde público no Brasil, havendo 15590 novos casos em 2014 e sendo a quarta maior causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. Apesar disso as alterações celulares presentes neste tipo de câncer podem ser facilmente identificadas pelo exame preventivo (popularmente conhecido como Papa Nicolau). Além disso, seu maior desencadeador, o papiloma vírus humano (HPV), é transmitido via sexual, podendo na maioria das vezes ser evitado pelo uso de preservativos. A partir dessa premissa é apenas lógico imaginar que a falta de conhecimento sobre a doença e hábitos de profilaxia contra esta representa um dos principais fatores de risco para mulheres em todo Brasil. O estudo tem como primo objetivo relacionar o nível de escolaridade com a incidência de câncer de colo uterino e instigar reflexões propostas, apresentando tópicos considerados relevantes para uma abordagem de campanhas passíveis de abordarem o tema proposto. O complexo de logos, todavia, não possui por escopo respostas. Para colher informações sobre a temática foram utilizados estudos teóricos descritivos e documentais, que se basearam como fonte principal de informações dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), do Departamento de Informática do SUS (DATASUS) e de artigos científicos. Dentre os aspectos sóciodemográficos, a escolaridade revelou ser a variável de maior risco para que as mulheres sejam acometidas pelo câncer de colo uterino. Houve predominância de casos em mulheres com nenhuma a três anos de escolaridade (84,17%) enquanto nas mulheres com mais de oito anos de escolaridade houve baixa incidência (14,83%). Este estudo revela que o principal fator de risco para que as mulheres venham a ter câncer de colo uterino é, realmente, o grau de escolaridade. Logo, é perceptível que a educação em saúde é de suma importância para a prevenção desse tipo de câncer. Assim, a equipe de saúde como um todo deve conscientizar a população, por meio de ações educativas ininterruptas, que visem promover e prevenir o câncer de colo uterino, educando as mulheres quanto à importância dos exames preventivos e o papel da própria mulher na sua saúde e bem-estar.