Fatores associados à automedicação e suas repercussões em um cenário pandêmico
Palavras-chave:
Automedicação, Coronavírus, Intoxicação, Medicamentos, PandemiaResumo
A conjuntura pandêmica condicionada pela COVID-19, associada a crescente demanda por soluções impulsionou a automedicação alicerçada na infodemia, criando um novo problema emergente onde o uso de drogas ameaçou agravar ainda mais a saúde da população brasileira. O objetivo do presente trabalho é identificar e descrever os fatores que influenciam a automedicação e suas repercussões em um cenário pandêmico. As buscas de artigos foram realizadas em plataformas como Scielo, BVS e PubMEd, sendo selecionados doze artigos entre 1995-2022 que se adequaram aos descritores: “self medication”; “primary health care”; “family practice”; “prevenção quaternária”; “coronavírus”; “medicamentos sem prescrição” e “intoxicações”. Entre os fatores que influenciam na prática de se automedicar, é possível destacar as condições sociodemográficas, a ausência de doença crônica, a facilidade de compra e/ou utilização, a crença sobre sintomas e percepção de saúde, a falta de recursos financeiros e a dificuldade de acesso aos serviços de saúde. Com a pandemia do Coronavírus houve uma intensificação da automedicação, o que gerou repercussões como o desabastecimento, elevação de preços e descontinuidade dos tratamentos daqueles que demandavam terapias contínuas de manutenção das condições crônicas. O uso indiscriminado de medicamentos é de difícil controle, principalmente no cenário pandêmico, mas intervenções podem ser executadas objetivando desencorajar o uso inadequado e maléfico.