Profilaxia da úlcera de estresse no ambiente de terapia intensiva em uma unidade hospitalar no município de Anápolis-Go
DOI:
https://doi.org/10.37951/2358-9868.2021v9i2.p63-70Palavras-chave:
Úlcera péptica; fatores de risco; prevenção.Resumo
Objetivo: Avaliar a profilaxia da úlcera de estresse (PUE) de pacientes internados na UTI de uma unidade hospitalar privada, conveniada, de médio porte e alta complexidade no município de Anápolis – GO. Métodos: Trata-se de um estudo retrospectivo e descritivo de prontuários de pacientes maiores de 18 anos e internados na UTI, no período de janeiro a junho de 2017. Foram obtidos dados sobre o perfil sociodemográfico (incluindo sexo e idade), perfil de risco da úlcera de estresse (pacientes com alto risco para o desenvolvimento de úlcera de estresse, risco intermediário e baixo risco), indicações para PUE e dados da prescrição para PUE (fármaco e duração da profilaxia). Resultados: A amostra foi de 208 prontuários. A média de idade foi 65,3 anos e houve predomínio do sexo feminino 55,8%. Dentro do total da amostragem, 46,6% dos pacientes se enquadraram no grupo de alto risco para desenvolvimento de úlcera de estresse, 26,4% no grupo de risco intermediário e 5,8% no de baixo risco. A PUE foi realizada em 99% dos pacientes, sendo recomendada em 26,5%. Ranitidina configurou-se como principal fármaco utilizado na PUE com a faixa predominante de tempo de uso entre 1 e 5 dias. Conclusão: Ratificou-se o elevado uso de PUE dentro do ambiente de terapia intensiva. Ficou evidenciado que a PUE, na UTI em questão, ocorre de forma desarmônica com o proposto na literatura, tendo em vista que pacientes de baixo risco para desenvolvimento de úlcera de estresse e sem indicação para a PUE receberam as medicações.
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