Incidência de meningite no estado de Santa Catarina de 2010 a 2020
DOI:
https://doi.org/10.37951/2358-9868.2021v9i2.p29-40Palavras-chave:
Meningite, Acesso à Informação, Perfil de Saúde, Incidência, EpidemiologiaResumo
OBJETIVO: Avaliar a incidência e o perfil epidemiológico de meningite no estado de Santa Catarina (SC) entre 2010 a 2020, segundo a faixa etária, gênero, etiologia e evolução. MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal descritivo quantitativo sobre o perfil epidemiológico da meningite entre 2010-2020 em SC. Os dados referentes ao ano do primeiro sintoma, faixa etária, gênero, etiologias e evolução foram obtidos através do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil, sendo apresentados na forma de frequências absolutas e relativas. RESULTADOS: Identificaram-se 8.473 casos de meningite, dos quais 61,6% em homens. A maior e a menor incidência foram em 2017 e 2020, respectivamente. Na prevalência por faixa etária, a maior taxa foi em indivíduos de 20-39 anos (22,96%). A etiologia mais prevalente foi viral (43,51%), enquanto a menos prevalente foi a meningite por Haemophilus influenzae. A evolução com alta foi maior entre as mulheres, assim como os óbitos por meningite. A faixa etária com maior taxa de alta e menor taxa de óbitos por meningite foi de 5 a 9 anos. Em relação à etiologia, a menor taxa de óbitos por meningite e a maior taxa de alta foram identificadas na meningite viral. CONCLUSÕES: Identificou-se a permanência da endemia de meningite em SC no período analisado, embora em 2020 houvera queda, o que pode estar associado à pandemia da COVID-19. Ademais, os óbitos por meningite reduziram em comparação à década anterior, representando 8,34% dos desfechos.
Referências
Cruz S A, Bernardo TA, Gusmão WDP. Incidência de Meningite entre os anos de 2015 a 2019 no Estado de Alagoas / Incidence of Meningitis between the years 2015 to 2019 in the State of Alagoas. Brazilian J Heal Rev. 2021;4(1):2102–13.
Dazzi MC, Zatti CA, Baldissera R. Perfil Dos Casos De Meningites Ocorridas No Profile Cases of Meningitis Occurred in Brazil for 2009 To 2012 . Rev UNINGÁ Rev. 2014;19:33–6.
Vranjac A. Meningites virais. Rev Saude Publica. 2006;40(4):748–50.
Brasil. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria nº 204 de 17 de fevereiro de 2016. Brasília, 2016.
Monteiro MCS, Corrêa GFC, Monteiro JAMC, Ferreira LC, Junior EGs, Gomes STM. Incidência de meningite entre os anos de 2014 a 2019 no estado do Pará. Brazilian J Heal Rev. 2020;3(5):11398–11397.
Emmerick ICM, Campos MR, Schramm JMA, Silva RS, Costa MFS. Estimativas corrigidas de casos de meningite, Brasil 2008-2009. Epidemiol e Serviços Saúde. 2014;23(2):215–26.
Paim ACB, Gregio MM, Garcia SP. Meningitis in the State of Santa Catarina in the Period of 2008 To 2018. 2018;48(4):111–25.
Souza DAG, Gagliani LH. Estudo retrospectivo da meningite meningocócica no estado de São Paulo. Rev UNILUS Ensino e Pesqui. 2011;8(15):32–44.
Signorati M, Signorati A. Características epidemiológicas da Meningite na 7a Regional de Saúde do Estado do Paraná, no período de 2010-2019. Res Soc Dev. 2021;10(9):e29710918145.
Gomes LS, Passos BVS, Azevedo PSS, Júnior FTSS, Sampaio LS, Matos LPL, et al. Aspectos epidemiológicos das meningites virais no estado do Piauí no período de 2007 a 2017. Brazilian J Heal Rev. 2021;4(3):10159–73.
Carvalho LAS, Ferreira AKL, Santiago KMAS, Silva PHA, Cruz CM. Às Condições Sazonais No Município De Maceió Entre 2007 E 2017. 2018;205–20.
Crane MA, Popovic A, Panaparambil R, Stolbach AI, Romley JA, Ghanem KG. Reporting of Infectious Diseases in the United States During the Coronavirus Disease 2019 (COVID-19) Pandemic. Clin Infect Dis. 2021;XX(XX):0–0.
Daumas RP, Silva GA, Tasca R, Leite IC, Brasil P, Greco DB, et al. The role of primary care in the Brazilian healthcare system: Limits and possibilities for fighting COVID-19. Cad Saude Publica. 2020;36(6).
Dias FCF, Junior CAR, Cardoso CRL, Veloso FPFS, Rosa RTAS, Figueiredo BNS. Meningite: Aspectos Epidemiológicos Da Doença Na Região Norte Do Brasil. Rev Patol do Tocantins. 2017;4(2):46.
Sodatti JL, Moraes JFMA, Coutinho RMC, Ananias F. Aspectos etiológicos e epidemiológicos das meningites bacterianas e virais no estado de São Paulo no período de 2010 a 2019. Brazilian J Heal Rev. 2021;4(3):10159–73.
Ramos CG, Sá BA, Freitas LFM, Moura JA, Lopes MVBV, Gonçalves E. Meningites bacterianas: epidemiologia dos casos notificados em minas gerais entre os anos de 2007 e 2017. Rev Eletrônica Acervo Saúde. 2019;(22):e655.
Iversson LB. Aspectos epidemiológicos da meningite meningocócica no município de São Paulo (Brasil), no período de 1968 a 1974. Rev Saude Publica. 1976;10(1):1–16.
Peer V, Schwartz N, Green MS. Consistent, Excess Viral Meningitis Incidence Rates in Young Males: A Multi-country, Multi-year, Meta-analysis of National Data. The Importance of Sex as a Biological Variable. E Clinical Medicine. 2019;15:62–71.
Berezin EN. Epidemiologia da infecção meningocócica [Internet]. 2015. p. 8. Available from: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/publicacoes/Folheto_Meningite_Fasciculo1_111115.pdf
Rogerio LPW, Camargo RPM, Menegali TT, Silva RM. Perfil epidemiológico das meningites no sul de Santa Catarina entre 1994 e 2009. Rev Soc Bras Clín Méd. 2011;9(3):2009–12.
Pfister H, Feiden W, Einhäupl K. Spectrum of Complications During Bacterial Meningitis in Adults. Arch Neurol. 1993;50(6):575.
Tavares SC, Fonseca SAC, Gomes IL, Carriconde LS, Mendes CCR, Miranda KKM, et al. Análise epidemiológica da evolução dos casos de meningite no estado de São Paulo, no período de 2016 a 2020 em crianças e pré-adolescentes. Revista Ibero- Americana de Humanidades, Ciências e Educação. 2021;7(8):1-12.