Relação entre o pré-natal de qualidade e a diminuição dos casos de sífilis no Brasil

Autores

  • Fernanda Morais Machado Centro Universitário de Anápolis - UniEVANGÉLICA
  • Giovanna Calassa da Silva Centro Universitário de Anápolis - UniEVANGÉLICA
  • Kamila Norberlandi Leite Centro Universitário de Anápolis - UniEVANGÉLICA
  • Luísa Campos Castro Centro Universitário de Anápolis - UniEVANGÉLICA
  • Sofia Fonseca Mattos Chaul Centro Universitário de Anápolis - UniEVANGÉLICA
  • Luciana Labre Centro Universitário de Anápolis - UniEVANGÉLICA

Resumo

No Brasil, a incidência da sífilis, uma doença infecto-contagiosa causada pela bactéria Treponema pallidum, entre recém-nascidos é alta. O acompanhamento pré-natal feito de maneira adequada apresenta-se como grande ferramenta de diagnóstico precoce da sífilis. Este trabalho teve por objetivo avaliar a influência do pré-natal de qualidade no tratamento adequado de sífilis, ilustrando a importância de fazê-lo de forma correta e contínua. Foi realizado uma revisão integrativa e descritiva de literatura baseada em 16 artigos selecionados no PubMed, Scielo e Lilacs, que foram publicados entre os anos de 2016 e 2021, sem restrição de idioma, com busca pelos termos sífilis, gestantes, cuidado pré-natal e tratamento precoce. Foram excluídos artigos científicos que não estavam disponíveis na íntegra e também aqueles que desviavam do tema proposto. Considerando o acompanhamento pré-natal das gestantes com sífilis, observou-se predomínio do diagnóstico tardio, após o parto ou a curetagem. A totalidade dos respectivos tratamentos foi considerada inadequada, segundo o MS. Dos RNs de gestantes com sífilis, a maioria não foi referenciada para acompanhamento pediátrico. Apenas 6,5% dos casos de sífilis em gestantes foram notificados. Uma das falhas que contribui para a perpetuação do problema está na precariedade do pré-natal, que pode acontecer em decorrência do comprometimento da estrutura física de unidades de saúde; bem como devido a uma negligência da equipe médica, que realiza consultas muito curtas e que não proporcionam bom diálogo para explicar as importâncias de se realizar os testes da sífilis. Conclui-se que está revisão pode demonstrar que um pré-natal falho impede que a doença seja detectada a tempo de ser acatada, aumentando as chances de causar sequelas na gestante, bem como de transmissão materno-fetal. A revisão foi construída a partir da seguinte pergunta norteadora: qual a relação entre a possível presença e controle de sífilis gestacional e congênita com a efetividade do pré-natal?

Publicado

2021-05-28

Edição

Seção

RESUMOS - Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente