Prevalência de transtornos mentais em estudantes de medicina no Brasil

Autores

  • Vinicius Salermo Kanuf Centro Universitário de Anápolis – UniEVANGÉLICA
  • Paula Mendonça Honorato Centro Universitário de Anápolis – UniEVANGÉLICA
  • Lara Marques Barreto Meneses Centro Universitário de Anápolis – UniEVANGÉLICA
  • Paola Renon Rosa da Costa Centro Universitário de Anápolis – UniEVANGÉLICA
  • Laura de Freitas Moreira Centro Universitário de Anápolis – UniEVANGÉLICA
  • Juliane Macedo Centro Universitário de Anápolis – UniEVANGÉLICA

Palavras-chave:

Saúde Mental. Estudantes de Medicina. Transtornos Mentais. Qualidade de Vida.

Resumo

A saúde mental dos estudantes de medicina sempre foi objeto de diversos estudos, em função dos fatores estressores a que são submetidos, expondo-os a risco elevado de desenvolvimento de transtornos mentais. O objetivo desse trabalho é levantar dados acerca dos possíveis prejuízos na saúde mental dos acadêmicos de medicina ao longo de sua formação, compreendendo a prevalência dos principais transtornos mentais e seus fatores associados. Foi realizado uma Revisão Integrativa da Literatura a partir das bases de dados Portal de Periódicos CAPES, SciELO e LILACS. Utilizaram-se os descritores “Estudantes de Medicina”, “Saúde Mental”, “Transtornos Mentais” e “Qualidade de Vida”, pareando-os com auxílio do booleano “AND”. A revisão contou com amostra final de 19 estudos, que trazem dados acerca dos principais transtornos mentais que acometem os estudantes de medicina. O transtorno depressivo tem alta prevalência entre os acadêmicos, com variação de 8,2% até 52,9%. A ansiedade também demonstrou-se prevalente, sendo a menor taxa de 30,8% e a maior de 66,3%. Em relação à síndrome de Burnout, sua prevalência variou de 4% a 57,5%. Por fim, estudos abordando Transtornos Mentais Comuns (TMC), obtiveram valores pouco variáveis, sendo o maior deles 58,8%. Fatores como as altas cargas horárias, o contato constante com o sofrimento alheio e o estresse associado, o sexo feminino, o sentimento de solidão, a baixa renda, a qualidade de sono ruim e a falta de atividades de lazer foram todos associados com risco de desenvolvimento desses transtornos mentais. O período de internato e a transição para o ciclo clínico apontaram maior prevalência de transtornos mentais mais severos. Assim, fica evidente que os estudantes de medicina são extremamente vulneráveis do ponto de vista emocional, o que reforça a necessidade de projetos de intervenções no intuito de preservar sua saúde e estabilidade emocional.

Publicado

2021-05-28

Edição

Seção

RESUMOS - Neurociências