Os efeitos da Cannabis na cognição humana: benéficos ou maléficos?

Autores

  • Matheus Hernandes Vieira Vaz Centro Universitário de Anápolis – UniEVANGÉLICA
  • Anna Laura Silva Oliveira Centro Universitário de Anápolis – UniEVANGÉLICA
  • Brunno Sena Bisinoto Centro Universitário de Anápolis – UniEVANGÉLICA
  • Gabriella Maria de Almeida Centro Universitário de Anápolis – UniEVANGÉLICA
  • Pablo Ricardo França Centro Universitário de Anápolis – UniEVANGÉLICA
  • Rafael Schults de Farias Centro Universitário de Anápolis – UniEVANGÉLICA
  • Thiago Schults de Farias Centro Universitário de Anápolis – UniEVANGÉLICA
  • Cristine Araújo Póvoa Centro Universitário de Anápolis – UniEVANGÉLICA

Palavras-chave:

Maconha. Cannabis sativa. Cognição. Manifestações neu-rocomportamentais. Marijuana abuse.

Resumo

Ao longo das décadas, o uso social da maconha foi, e ainda é, palco das mais diversas discussões e estudos.  A droga é derivada da planta Cannabis Sativa e tem sua origem no continente asiático, há milhares de anos. O ponto nevrálgico da problemática converge na seguinte indagação: qual o efeito e impacto do uso da cannabis na cognição humana? Diante disso, o objetivo desta mini revisão concentra-se na avaliação da influência da maconha no aspecto cognitivo do indivíduo, isto é, investigar se o consumo beneficia ou traz prejuízo ao usuário. Para a confecção do estudo, foram realizadas buscas de pesquisas primárias/originais e ensaios clínicos no banco de dados do US National Library of Medicine (PubMed), Scientific Eletronic Library Online (Scielo) e Google Acadêmico, publicadas entre 2010 e 2020 e selecionados cinco artigos originais de acesso livre e que abordassem o tema de forma integrada.  Existem receptores para canabinoides (substâncias presentes na maconha) no sistema nervoso central, ou seja, a cannabis tem o poder de atuar nas principais estruturas nervosas. Entre os canabinoides, destacam-se o tetrahidrocanabinol (THC) e o canabidiol (CBD), responsáveis por efeitos adversos distintos, sendo o canabidiol a parte benéfica da substância. No entanto, quando utilizada em consumo social/fumada, os efeitos maléficos do THC se sobrepõem ao CBD e causam impactos significativos no aspecto neurológico e cognitivo. Conclui-se por meio dessa mini-revisão que o uso da maconha prejudica e afeta a cognição, alterando a memória, atenção, emoções, equilíbrio motor e outras funções. O uso irrefreado causa ainda dependência, resultando em anormalidades cognitivas maiores e mais duradouras, principalmente em adolescentes, por não terem o córtex cerebral totalmente desenvolvido.

Publicado

2021-05-28

Edição

Seção

RESUMOS - Neurociências