Uso prolongado de anticoncepcional associado ao risco aumentado para o desenvolvimento de tromboembolismo venoso

Autores

  • Mariana Rodrigues Borges Centro Universitário de Anápolis - UniEVANGÉLICA
  • Amanda Silva de Mattos Centro Universitário de Anápolis - UniEVANGÉLICA
  • Andressa Maciel Silva Centro Universitário de Anápolis - UniEVANGÉLICA
  • Giovanna Luiza Silva Roberto Centro Universitário de Anápolis - UniEVANGÉLICA
  • Lorrayne Leite Dias Centro Universitário de Anápolis - UniEVANGÉLICA
  • Natália da Silva Araújo Marinho Centro Universitário de Anápolis - UniEVANGÉLICA
  • Andréia Moreira da Silva Santos Centro Universitário de Anápolis - UniEVANGÉLICA

Palavras-chave:

Anticoncepcional. Trombose venosa. Efeitos colaterais. Tempo. Saúde da Mulher.

Resumo

Os anticoncepcionais orais foram desenvolvidos no século XX, em decorrência dos avanços da medicina reprodutiva. Atualmente são amplamente usados por mulheres de todo o mundo, e em sua composição, tem-se a combinação de progesterona e estrogênio, o que pode estimular os receptores nos vasos sanguíneos, possibilitando alterações cardiovasculares como o tromboembolismo venoso. Diante disso, objetivou-se relacionar o uso prolongado de anticoncepcionais orais e o risco de tromboembolismo venoso em mulheres. Essa mini revisão integrativa de literatura buscou artigos na base de dados internacionais US National Library of Medicine (PubMed), usando os Descritores em Ciência da Saúde (DECS): “contraceptives” e “venous thrombosis” utilizando o booleano “AND”. Baseado nas evidências científicas encontradas na literatura, foi comprovado que o uso prolongado de anticoncepcionais orais combinados está associado com a ocorrência de tromboembolismo venoso, o que corresponde a cerca de 51,9% desses casos. Além disso, foi possível correlacionar a incidência de tromboembolismo aos seguintes fatores de risco: composição, mostrando que o uso de anticoncepcional a base de estradiol é preferível em detrimento ao anticoncepcional a base de etinilestradiol; fatores genéticos, em que mais de 44% das mulheres presentes no estudo possuem o risco de trombofilia hereditária espontânea; histórico familiar e hábitos de vida, como exemplo IMC e tabagismo. Dessa forma, fica claro, a sua multicausalidade quando se faz o uso contínuo de anticoncepcionais orais. Por fim, viu-se a necessidade de se realizar mais estudos acerca do tema, em especial no contexto brasileiro, além do levantamento de dados epidemiológicos da incidência de tromboembolismo venoso em mulheres usuárias de contraceptivos orais combinados.

Publicado

2021-05-28

Edição

Seção

RESUMOS - Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente