Acalasia idiopática e abordagem clínica: uma revisão de literatura

Autores

  • Maria Luiza Silva Teixeira Centro Universitário de Anápolis - UniEVANGÉLICA
  • Davi Mamede da Luz Centro Universitário de Anápolis - UniEVANGÉLICA
  • Edwilson Gonçalves Rios Filho Centro Universitário de Anápolis - UniEVANGÉLICA
  • Danúbio Antônio de Oliveira Centro Universitário de Anápolis - UniEVANGÉLICA

Palavras-chave:

Acalasia Esofágica, Transtornos da Motilidade Esofágica, Doenças do Esôfago

Resumo

A acalasia é um distúrbio incomum da motilidade esofágica, caracterizado
por aperistaltismo no esôfago e relaxamento diminuído ou ausente do esfíncter
esofágico inferior(EEI) com deglutições caracterizadas por disfagia, e algumas vezes
dor no peito, regurgitação e perda de peso. A acalasia idiopática(AI) é uma doença
crônica associada a doenças autoimunes , como diabetes mellitus tipo I, dentre
outras, bem como anticorpos mioentéricos e neuronais e até outras doenças como a
de refluxo gastroesofágico(DRGE). No entanto, também pode ser adquirida por meio
do megaesôfago ocasionado pela Doença de Chagas. O objetivo do presente estudo é
avaliar clinicamente a acalasia idiopática e a importância do estudo desse transtorno
na gastroenterologia. Realizou-se um estudo secundário, uma revisão integrativa da
literatura a partir de 10 artigos encontrados nas plataformas Pubmed e Scielo. Os
Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) usados foram: “Esophageal Achalasia” AND
“Esophageal Motility Disorders” AND “Esophageal Diseases”. Os critérios de inclusão
definidos foram abranger os descritores; publicações entre 2015 e 2019. Os critérios
de exclusão foram artigos fora do recorte de tempo e tema estabelecido e trabalhos
que não estavam em português ou inglês. Os estudos epidemiológicos evidenciam
que em países europeus e norte-americanos há uma prevalência de 1 a 3 pessoas a
cada 100.000 que possuem esse transtorno. Além disso, a acalasia afeta igualmente
gêneros masculinos e femininos ,sem predileção racial ,sendo que a maioria dos
diagnósticos são realizados de 30 a 60 anos de idade. Ainda há muitas dúvidas acerca
da fisiopatologia , no entanto, sabe-se que a AI está associada a falta das células
ganglionares nos plexos intramurais no esôfago distal e EEI, o que leva à diminuição
da inervação muscular, e por consequência ao peristaltismo desordenado. O
diagnóstico é realizado pela introdução de bário e esofagogastroduodenoscopia
(EGD) e por realização de manometria esofágica de alta resolução (HREM). Algumas
terapias podem melhorar os sintomas como: aplicação de Toxina Botulínica Via
Endoscópica(BTI) ;Dilatação Pneumática(PD) usando balões, Miotomia de Heller
Laparoscópica (LHM) e Miotomia Endoscópica Peroral (POEM), um quase-cirúrgico
endoscópico minimamente invasivo, sendo esse último o de maior eficácia e sucesso
terapêutico . Alguns medicamentos orais são administrados, entretanto tem seu
benefício e eficácia questionáveis. A etiologia da acalasia idiopática ainda é
desconhecida sendo necessário mais estudos que possam abranger e serem
resolutivos. É primordial que haja um maior entendimento da fisiopatologia e a partir
disso, será possível melhorar as intervenções e tratamentos , a fim de serem cada vez
mais eficazes.

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Publicado

2021-05-23

Edição

Seção

ANAIS II CAMEG