Efeitos de diferentes tipos de anestesia no parto cesáreo

Autores

  • Laryssa Dutra Centro Universitário UNIevangélica
  • Thaís Lima Centro Universitário UNIevangélica
  • Layne Schmitt Centro Universitário UNIevangélica
  • Jalsi Arruda Centro Universitário UNIevangélica

Palavras-chave:

Cesarean section; Anestesia regional; Anestesia geral.

Resumo

Anestesia é um elemento essencial aos procedimentos cirúrgicos e diagnósticos. A introdução de novas técnicas, medicamentos e equipamentos, sobretudo no parto cesáreo, trazem benefícios importantes não só para a parturiente como também para o neonato. No entanto, as drogas que produzem anestesia também podem ocasionar potentes efeitos adversos sobre o sistema nervoso autônomo atingindo o binômio mãe-bebê. Analisar os efeitos da anestesia regional e geral no parto cesáreo na relação materno-fetal. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, um estudo observacional do tipo quantitativo, realizada a partir de buscas nas plataformas PubMed e Google Acadêmico, utilizando os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) “cesarean section”, “anestesia regional”, “anestesia geral”, em inglês, espanhol e português, combinados pelo operador booleano “AND”. Foram obtidas 54.029 referências, das quais 27 resumos foram analisados e 22 foram selecionadas levando em consideração os critérios de inclusão: trabalhos originais, relevância, abordagem temática, idioma inglês, português e espanhol, o período de publicação de 2012 a 2019, além da Diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia para Gravidez na Mulher Portadora de Cardiopatia. Do ponto de vista materno, as mulheres que receberam anestesia regional (AR) apresentaram quadros de hipotensão e maior necessidade do uso de efedrina. Os batimentos cardíacos foram, significativamente, maiores nos casos de anestesia geral (AG). Os quadros de dor, no pós-operatório, foram menores e menos intensos, quando utilizada a AG. O uso de anestesia espinhal proporciona um pós-operatório menos doloroso em comparação com a peridural, ambas locais. A saturação de oxigênio permaneceu estável nos dois casos. Do ponto de vista fetal, quanto ao índice de apgar, no 1º e 5° minutos de vida, apresentaram-se maiores quando utilizaram anestesia regional em comparação com AG. Entre a raquianestesia e peridural encontrou-se valores semelhantes. Quanto às pressões parciais de oxigênio (PO2), dióxido de carbono (PCO2) e Ph aferidos pelo cordão umbilical, houve divergência entre os estudos. Ressalta-se que os neonatos de mães submetidas à AG apresentam 30 vezes mais chances de atraso respiratório. Apesar de alguns efeitos colaterais a anestesia regional é mais indicada para o uso no parto cesáreo por ser considerada mais segura, proporcionando menos morbimortalidade materno-fetal.

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Publicado

2021-05-24

Edição

Seção

ANAIS II CAMEG