A importância de aparelhos de uso pessoal em ambiente hospitalar como foco de infecções nosocomiais

Autores

  • Isabela Sarmento Centro Universitário UNIevangélica
  • Rebecca Sarmento Centro Universitário UNIevangélica
  • Kálita Lisboa Centro Universitário UNIevangélica
  • Rodrigo Moura Centro Universitário UNIevangélica

Palavras-chave:

Contaminação de Equipamentos; Infecção Hospitalar; Noxas.

Resumo

A medicina atual conta com o auxílio de aparatos tecnológicos, nos quais os profissionais de saúde acessam informações importantes, como dados dos pacientes e resultados de exames a partir de telefones celulares e computadores de uso pessoal. Com isso, obteve-se o incremento na comunicação e na colaboração entre os profissionais do ambiente hospitalar e consequentemente agilizou-se o atendimento médico. Entretanto, considerando o fato de celulares serem dispositivos de fácil manejo e transporte, que entram em contato com rosto e mãos dos usuários, em proximidade à boca e orelhas, podendo ser utilizado em diversos ambientes, como banheiros ou até mesmo durante as refeições, ele se torna um ambiente propício para o crescimento e proliferação de diversas espécies microbianas. Além disso, computadores de uso pessoal atuam também como reservatórios de microrganismos com potencial patogênico. Verificar a relação entre infecções nosocomiais e superfícies de aparelhos eletrônicos de uso pessoal. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, na qual a coleta de dados foi realizada a partir das bases de dados Scielo e PubMed. Utilizou-se os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “Contaminação de Equipamentos”, “Infecção Hospitalar”, “Noxas”; e as palavras chaves: celular, computador, contaminação de superfície e infecções nosocomiais. Foram selecionados 23 artigos, redigidos em língua inglesa e portuguesa, publicados entre os anos de 2016 e 2020. O descritor booleano “NOT” foi utilizado para excluir artigos que não fossem originais. Percebe-se que apesar de representar um grande avanço para o ambiente hospitalar, o uso desses aparelhos eletrônicos pode ser fonte de potenciais infecções, já que estes objetos não são higienizados com frequência e nem corretamente, principalmente por serem considerados superfícies inertes e, por fim, ignora-se o potencial patológico oferecido. As infecções nosocomiais foram consideradas existentes e de real importância pelo médico Ignaz Phillip Semmelweis em 1847, com a publicação de um trabalho que demonstraria esta hipótese. Semmelweis defendia medidas simples, como a lavagem das mãos antes de procedimentos obstétricos. A utilização de celulares em ambientes onde uma higienização rigorosa é necessária, como salas de operação cirúrgica, vem elevando os números de infecção hospitalar. Dessa forma, um cenário preocupante sobre as infecções hospitalares advém do fato de que aproximadamente um terço das infecções podem ser facilmente prevenidas, uma vez que o principal meio de transmissão de infecções são as mãos. Embora o hábito de lavagem das mãos e de aparelhagem médica seja um costume bem difundido, o potencial destes fômites como celulares e computadores pessoais é pouco discutido. Por essa razão, a pesquisa em meios hospitalares abrangendo os dispositivos portáteis, especialmente celulares e computadores, é de essencial importância.

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Publicado

2021-05-23

Edição

Seção

ANAIS II CAMEG