Uso de probiótico promovendo a manutenção da microbiota gastrointestinal para o tratamento e a prevenção do diabetes mellitus.

Autores

  • Marcela Pepino Corrêa Centro Universitário UniEVANGÉLICA
  • Gabrielle Machado de Paula Centro Universitário UniEVANGÉLICA
  • Jéssica Sena Melo Centro Universitário UniEVANGÉLICA
  • Danúbio Antônio de Oliveira Centro Universitário UniEVANGÉLICA
  • Vera Lúcia Ângelo Andrade Universidade UNIFENAS

Palavras-chave:

Probióticos, Microbiota, Diabetes Mellitus

Resumo

RESUMO: O diabetes mellitus (DM) é considerado um problema mundial de saúde
pública, por isso há grande importância nos estudos sobre seus tratamentos e
complicações. Por ser uma doença auto imune está associado a microbiota intestinal a
qual um desequilíbrio causado por estresse, má alimentação ou uso de antibióticos
pode acarretar falhas na imunidade corporal. Probióticos são organismos vivos que
podem ser úteis para corrigir a disbiose (desequilíbrio na flora bacteriana intestinal),
diminuindo a inflamação, oxidação e ajudando na imunomodulação. O objetivo do
trabalho é relacionar os benefícios dos probióticos na DM. Para esta revisão integrativa
da literatura, foram utilizados 20 artigos em língua portuguesa e inglesa, encontrados
nas plataformas Pubmed e Google Acadêmico. Os Descritores em Ciências da Saúde
(DeCS) usados foram: “probióticos” AND “microbiota” AND “diabetes mellitus”. Os
critérios de inclusão foram: abranger os descritores; está escrito em inglês ou
português e ter sido publicado de 2011 a 2019. Foram excluídos os artigos sem
metodologia clara. O Diabetes mellitus tipo1 (DM1) foi associado a diminuição de
microbiota intestinal, expansão de bactérias maléficas e diminuição de bactérias
produtoras de butirato as quais estimulam a manterem integridade do epitélio
intestinal pela melhoria da adesão e junção intracelular. Se ocorrer uma disbiose, pode
ocasionar um aumento da permeabilidade intestinal provocando a translocação de
macromoléculas e antígenos microbianos através do epitélio, isso causa uma
inflamação por elevar as citocinas pró-inflamatórias que então atacam as células
β pancreática, podendo resultar na DM1. Além disso, a eubiose induz alteração
no tecido linfoide associado ao intestino na autoimunidade o que associa o uso dos
probióticos à prevenção do DM1. O probiótico é um suporte para várias doenças
crônicas, incluindo a DM tipo 2 pois melhora a sensibilidade a insulina das células alvo
diminuindo a via do receptor de insulina. Promovem ainda a homeostasia da glicose
por causa de amplos metabólicos bacterianos, inibem fortemente a gliconeogênese
diminuindo a glicose no sangue e diminuem o PCR, comprovando que há menos
complicações diabéticas. Além disso, algumas bactérias que levam a disbiose por causa
de alta ingestão de gordura podem aumentar o lipopolissacarideo levando a
resistência à insulina. Foi comprovado também que o seu uso em diabéticos atenua a
lesão hepática induzida pela DM pois impedem as endotoxinas de atravessarem a
membrana intestinal e ativar a resposta imune no fígado. A microbiota intestinal é
capaz de interagir com o sistema imune do corpo, melhorando os níveis de inflamação
e, prevenindo suas complicações. Estudos prospectivos contribuirão para reforçar estas conclusões a fim de desenvolver terapias clínicas permitindo personalizar novas
estratégias para prevenção e tratamento do DM.

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Publicado

2021-05-25

Edição

Seção

ANAIS II CAMEG