Manejo terapêutico cirúrgico na diverticulite aguda complicada por fístula.

Autores

  • Marcelo Mota de Souza Duarte Centro Universitário UniEVANGÉLICA
  • Allan Neves Júnior Centro Universitário UniEVANGÉLICA
  • Gabriel Alves Rocha Centro Universitário UniEVANGÉLICA
  • Jalsi Tacon Aruda Centro Universitário UniEVANGÉLICA

Palavras-chave:

Diverticulite, Fístula do Sistema Digestório, Laparoscopia Assistida com a Mão.

Resumo

RESUMO: A diverticulose cólica é uma patologia incidente que afeta 65% dos indivíduos
acima dos 80 anos. Aproximadamente 20% dos acometidos desenvolverão o quadro de
diverticulite aguda, responsável por aproximadamente 150.000 internações
emergentes anualmente. Um terço dos pacientes admitidos apresentam a doença
complicada, manifestada por abscesso, perfuração, obstrução ou fístula, com
predominância das fístulas colovesicais. Nesses casos, a intervenção cirúrgica de
urgência torna-se necessária, sendo essencial conhecer as particularidades
terapêuticas das apresentações complicadas da diverticulite. Relatar as condutas
cirúrgicas na diverticulite aguda complicada por tipos específicos de fístulas. Trata-se
de um estudo descritivo, baseado em uma revisão integrativa da literatura.
fundamentada em pesquisas nas bases PubMed, Lilacs e SciELO, utilizando os
descritores em ciência da saúde “diverticulitis”, “fistula”, “laparoscopy” e “emergency
treatment”. Foram identificados 22 artigos originais, publicados no período de 2006 a
2020. Um manejo individualizado é exigido em casos complicados da patologia. Na
diverticulite aguda com fístula colo-vesical, a laparoscopia engloba excisão do
segmento afetado, anastomose primária, encerramento da parede vesical e drenagem
vesical. A videolaparoscopia assistida com a mão é benéfica em pacientes com fístula
sigmoido-vesical, resultando em menor tempo de internação e evolução pósoperatória similares aos da cirurgia na doença não complicada. A formação de fístulas
sigmoido-cecal e colo-vaginal requer abordagens distintas, como sigmoidectomia em
bloco junto com a fístula e realização do procedimento de Hartmann. A colectomia
laparoscópica é a terapia de escolha na diverticulite complicada, diminuindo tempo de
internação e proporcionando melhor resultado estético e funcional. A presença de
fístula, especialmente a colovesical, era considerada contraindicação para a
intervenção. Entretanto, a técnica de videolaparoscopia assistida com a mão foi
aperfeiçoada e tem se mostrado adequada para o tratamento da patologia. A
abordagem cirúrgica da patologia sofreu modificações, merecendo atitudes menos
interventivas e mais personalizadas de acordo com o subtipo de fístula.

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Publicado

2021-05-25

Edição

Seção

ANAIS II CAMEG