A abordagem da eclampsia na emergência obstétrica.

Autores

  • Laís Rodrigues de Melo Centro Universitário UniEVANGÉLICA
  • Gabriela Lima Mendes Nepomuceno Centro Universitário UniEVANGÉLICA
  • José Pires Pereira Neto Universidade de Rio Verde
  • Rodrigo Simitan Segatto Universidade de Rio Verde
  • Júlio César Peixoto dos Sanos Filho Universidade de Rio Verde
  • Karla Cristina Naves de Carvalho Centro Universitário UniEVANGÉLICA

Palavras-chave:

Eclampsia, Gravidez de alto risco, Emergência

Resumo

Os distúrbios hipertensivos ao longo da gestação são considerados a maior
causa de mortalidade materna no Brasil, sendo a eclampsia a forma mais grave desses
distúrbios. A eclampsia é definida como a ocorrência de convulsões juntamente com
os sinais e sintomas da pré-eclampsia – presença de hipertensão, proteinúria e edema
diagnosticados durante a gravidez – e afeta todos os sistemas orgânicos da paciente.
Um pré-natal adequado é a maneira mais efetiva de evitar o desenvolvimento desse
distúrbio, sendo possível também o diagnóstico precoce e melhor manejo terapêutico,
a fim de se evitar uma possível progressão e desfecho convulsivo. No entanto, quando
a eclampsia é detectada de forma tardia, a forma mais eficiente de evitar óbitos é a um
atendimento emergencial adequado. Analisar e descrever o manejo terapêutico mais
adequado para a eclampsia no âmbito da urgência e emergência. Trata-se de uma
revisão integrativa da literatura de caráter qualitativo, para a qual foram realizadas
buscas nas plataformas “Scientific Electronic Library Online” (Scielo) e “US National
Library of Medicine” (PubMed) utilizando os descritores “eclampsia”, “gravidez de
alto risco” e “emergências” e seus correspondentes em inglês. Foram encontrados 22
estudos, dos quais 7 se adequaram aos critérios de inclusão estabelecidos, sendo eles
publicações recentes em inglês e português e relevância temática para esta revisão.
Além disso, 1 livro também foi utilizado como fonte científica para o presente trabalho.
Para o atendimento emergencial da eclampsia, além da avaliação do mnemônico
ABCDE (vias aéreas, ventilação, circulação, danos e exames), também são incluídos a
avaliação fetal imediata e a possibilidade de interrupção da gestação. Essa última deve
ser considerada de forma não imediata, esperando a compensação materna por pelo
menos 1 hora após a última convulsão e avaliação mais completa de riscos materno
como por exemplo a contagem plaquetária. Quanto ao manejo farmacológico, os antihipertensivos seguros e mais utilizados são a nifedipina que é o medicamento de
primeira escolha, a hidralazina e o nitroprussiato de sódio. Além disso, o
anticonvulsivante sulfato de magnésio também faz parte do manejo terapêutico desse
distúrbio, sendo ele utilizado em dose de ataque e dose de manutenção, com uma
rigorosa monitorização. Sendo a eclampsia uma emergência obstétrica de alto risco,
o manejo emergencial adequado e rápido é de extrema importância para um desfecho
favorável. Observou-se que a nifedipina é a droga anti-hipertensiva mais segura nessas
ocasiões e, portanto, é o medicamente de primeira escolha. Ademais, foi constatado
que o sulfato de magnésio é o melhor anticonvulsivante para o manejo da eclampsia,
sendo mais seguro e mais eficaz que o diazepam ou fenitoína. Portanto, a utilização de
um anti-hipertensivo, preferencialmente a nifedipina associado ao sulfato de magnésio
é a melhor conduta.

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Publicado

2021-05-23

Edição

Seção

ANAIS II CAMEG