A correlação entre SARS-COV-2 e a alopecia androgenética: uma revisão de literatura

Autores

  • Flávio Augusto Bragança Teixeira Centro Universitário de Anápolis - UniEVANGÉLICA
  • Victória César Monteiro Centro Universitário de Anápolis - UniEVANGÉLICA
  • Arthur Sebba Rady Alberici Centro Universitário de Anápolis - UniEVANGÉLICA
  • Ana Claudia Elias Nascimento Centro Universitário de Anápolis - UniEVANGÉLICA
  • Vinicius Vieira dos Reis Centro Universitário de Anápolis - UniEVANGÉLICA
  • Guilherme Augusto Moreira Centro Universitário de Anápolis - UniEVANGÉLICA

Palavras-chave:

Alopecia androgenética, Fator de risco, COVID-19

Resumo

RESUMO: O SARS-CoV-2, causador da COVID-19, é um novo vírus da família
Coronaviridae que apareceu no fim de 2019 e tem mudado completamente o estilo de
vida de toda humanidade. Trata-se de uma doença infecciosa que ainda não possui
um tratamento específico. Dentre os vários fatores de risco da doença já conhecidos
pelos pesquisadores (como idade superior a 60 anos, tabagismo, obesidade, diabetes
mellitus etc), surgiu a investigação de um novo possível fator de risco: a Alopecia
androgenética (AAG). Diante da necessidade de conhecer novos grupos de risco para
a doença, o objetivo do presente estudo é identificar se a alopecia androgenética tem
relação com o desfecho clínico dos pacientes infectados por COVID-19. Trata-se de
uma revisão integrativa que utilizou as bases bibliográficas PubMed e Scielo através
dos seguintes descritores MeSH: “Alopecia” , “Risk factors” e “COVID-19”, apenas em
inglês, com todos os artigos realizados em 2020. Em estudos com animais
demonstrou-se que o Receptor Androgênico influência na produção de surfactante
pulmonar, de modo que, propõe-se uma menor taxa de COVID-19 grave em pacientes
do sexo feminino que apresentam uma expressão inferior desses receptores. Além
disso, a enzima conversora de angiotensina 2 (ECA2) foi reconhecida como a
molécula de apego à proteína do pico viral, sendo chamada de "receptor de Sars-CoV2", e a própria ECA2 tem sua atividade reduzida pela diminuição de hormônios
andrógenos, portanto verificando-se uma correlação entre a atividade dos hormônios
androgênicos e da ECA2, o que consequentemente influenciaria na atividade viral. O
artigo de WAMBIER, Carlos Gustavo et al concluiu que 67% dos pacientes de seu
estudo contaminados com o coronavírus apresentaram AAG clinicamente relevante.
A frequência de AAG entre os sexos foi significantemente diferente, sendo que em
homens foi de 79% e em mulheres de 42%. De fato os estudos têm mostrado uma
relação entre a alopécia androgênica e o desfecho clínico grave nos pacientes com
COVID-19, ressaltando a importância de se compreender melhor os mecanismos
patológicos e as opções de tratamento com fármacos antiandrogênicos (como
Bicalutamida, Degarrelix e Espironolactona).

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Publicado

2021-05-23

Edição

Seção

ANAIS II CAMEG