O uso de omalizumabe no tratamento da asma em pacientes com COVID-19

Autores

  • Camila Gomes Guida Centro Universitário de Anápolis - UniEVANGÉLICA
  • Letícia de Souza Galvão Centro Universitário de Anápolis - UniEVANGÉLICA
  • Giovana Suassuna Fontes Centro Universitário de Anápolis - UniEVANGÉLICA
  • Isadora Ribeiro Xavier Centro Universitário de Anápolis - UniEVANGÉLICA
  • Raphael Helvécio Carvalho de Oliveira Diniz Centro Universitário de Anápolis - UniEVANGÉLICA
  • Karla Cristina Naves de Carvalho Centro Universitário de Anápolis - UniEVANGÉLICA

Palavras-chave:

Asma, COVID, Omalizumabe

Resumo

RESUMO: Tem-se falado com frequência sobre pacientes asmáticos como grupo de
risco para o novo COVID-19. Até então, sabe-se que tais pacientes, caso adquiram a
infecção, devem permanecer em seu tratamento habitual para a asma, considerando
os efeitos protetores da terapêutica e o aumento do risco de infecções nosocomiais
com a ocorrência de exacerbações. Nos últimos anos, produtos biológicos, como
omalizumabe, vêm sendo utilizados como tratamento complementar para pacientes
com asma grave e têm se mostrado eficazes no controle das exacerbações,
corroborando, ainda, a diminuição do uso de esteróides sistêmicos. Apresentar
avaliações de estudos recentes em relação ao uso de omalizumabe em pacientes
asmáticos e relacionar com uma possível infecção por COVID-19. Revisão de literatura;
artigos pesquisados a partir das bases de dados PubMed, SciELO, ScienceDirect. Os
descritores Ciências da Saúde (DeCS) foram: asma, COVID. Foram incluídos apenas
trabalhos posteriores a 2017 e relevantes de acordo com o tema abordado. Esta
revisão é composta por três artigos. O omalizumabe, assim como os outros produtos
biológicos utilizados no manejo da asma, visam o controle das vias inflamatórias do
tipo 2, uma vez que se trata de um anticorpo monoclonal contra IgE humana. Um
estudo investigou a administração de omalizumabe em pacientes asmáticos
inoculados com rinovírus, tendo em vista descobrir se diminuiria o efeito de controle
do produto biológico sobre a doença. Os resultados mostraram que o efeito do antiIgE foi mais forte na redução dos sintomas do trato respiratório inferior e houve uma
melhora na função pulmonar durante os quatro primeiros dias da infecção. Mostrouse, então, que o tratamento com omalizumabe foi capaz de reduzir a duração das
infecções por rinovírus, a disseminação viral e o risco de doenças por rinovírus. Logo,
sugere-se um efeito potencial do omalizumabe nas respostas antivirais. Como não foi
relatado risco de aumento da suscetibilidade à infecção ou efeito imunossupressor
com uso de produtos biológicos, não precisamos interromper esses tratamentos
durante a atual pandemia. No caso do omalizumabe, com a possibilidade de um
efeito anti-infeccioso, seria interessante explorar se seu uso tem efeitos positivos
contra a infecção por COVID-19. Além disso, sabe-se que a interrupção de qualquer
tratamento pode levar a um maior risco de exacerbações da asma e, portanto, maior
probabilidade de visitas ao pronto-socorro e hospitalização, que representam fatores
de risco para exposição e infecção.

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Publicado

2021-05-25

Edição

Seção

ANAIS II CAMEG