Relação entre depressão e climatério: uma revisão da literatura

Autores

  • Stéphanie Santos Vieira Centro Universitário de Mineiros, Trindade, Goiás
  • Ana Flávia Braga Araújo Centro Universitário de Mineiros, Trindade, Goiás
  • Ana Júlia Carvalho Centro Universitário de Mineiros, Trindade, Goiás
  • Carla Danielle Dias Costa Centro Universitário de Mineiros, Trindade, Goiás

Palavras-chave:

Climatério, Depressão, Hormônios

Resumo

O climatério é definido como o período de transição da fase reprodutiva da
mulher para a fase senil, compreendendo, geralmente, o intervalo de 40 a 65 anos de
idade e ocorrendo dentro desse espaço de tempo a menopausa (por volta dos 51 anos).
Neste período pode-se observar o declínio progressivo da produção de estrogênio em
conjunto com a diminuição da fertilidade, além disso, no climatério podem ocorrer
alterações endocrinológicas, físicas e emocionais. Muitas mulheres podem passar por
essa fase sem queixas, assim como não sendo necessária a intervenção
medicamentosa, no entanto existem pacientes que são sintomáticas, apresentando -
se diferentes níveis intensidade para tais sinais e sintomas. Em decorrência da
diminuição do estrogênio, podem surgir algumas manifestações psíquicas, dentre elas
a depressão, desencadeada por insatisfações relacionadas a mudanças que estão
ocorrendo no corpo da mulher. A finalidade deste trabalho é abordar a relação entre a
depressão associada ao climatério. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, de
cunho descritivo em bases de dados Medical Literature Analysis and Retrieval System
On-line (MedLine), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde
(LILACS), Digital Library USP, Revista Eletrônica Acervo Saúde e Scientific Eletronic
Library Online (SCIELO) utilizando os descritores “Climatério”, “Depressão” e “Saúde
mental”, juntamente com o operador “AND”. O período de busca dos artigos base
para este trabalho foi entre os dias 1 e 4 de outubro de 2020. Os critérios de
elegibilidade foram artigos disponíveis na íntegra com idioma português. Foram
excluídos metanálises, editoriais e artigos de opinião. Foram identificados 130
trabalhos, sendo 122 excluídos, de forma que 8 artigos atenderam aos critérios de
elegibilidade. A partir das análises realizadas foi possível identificar uma alta
prevalência de casos de quadros depressivos em mulheres no climatério. Alguns
fatores que podem estar relacionados a esta condição são: alterações do humor,
mudanças e flutuações dos hormônios que são característicos dessa fase da vida. Além
de aspectos socioculturais, comorbidades, fatores emocionais e sintomas como
fogachos, irritabilidade, fadiga, ansiedade, entre outros. Outra possível condição
refere - se ao fato de mulheres com sintomas depressivos serem mais queixosas e
menos tolerantes aos sintomas que surgem no climatério. Isso faz com que elas
procurem com maior frequência ajuda dos profissionais, assim, possibilitando
identificação de um maior número de casos. Sendo assim, conclui-se que as alterações
hormonais, fisiológicas, físicas e emocionais durante o climatério são fatores que
possibilitam a progressão de mulheres para um quadro depressivo que, deve ser
acompanhado por um profissional médico, a fim de estabelecer terapias adequadas,
visando minimizar os efeitos do período em questão e melhorar a qualidade de vida da
mulher.

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Publicado

2021-05-25

Edição

Seção

ANAIS II CAMEG