Pneumotórax hipertensivo secundário a indução anestésica em procedimentos cirúrgicos

Autores

  • Kananda Ketlen Oliveira Fernandes UCEBOL- UNIVERSIDAD CRISTIANA DE BOLIVIA
  • Laíza Elena Santos Silva Centro Universitário UniEVANGÉLICA
  • Fernanda de Oliveira Mendonça CENTRO UNIVERSITÁRIO JOÃO PESSOA (UNIPÊ)
  • Ana Beatríz Mascarenhas de Almeira UNICEPLAC
  • Matheus de Jesus Leone Pereira Centro Universitário de Valença UNIFAA
  • Jalsi Tacon Arruda Centro Universitário UniEVANGÉLICA

Palavras-chave:

Barotrauma, Anestesia, Anestesia Geral

Resumo

: Durante a realização de procedimentos cirúrgicos existe a necessidade da
aplicação de diversos tipos de anestesia para amenizar a algesia, podendo resultar em
complicações para o paciente. Uma das mais comuns é o barotrauma pulmonar, no
qual há uma alteração da pressão do volume de ar na cavidade pleural durante a
ventilação por pressão positiva. Apesar de possuir baixa incidência, o pneumotórax
hipertensivo é o principal efeito adverso pulmonar decorrente de indução anestésica,
podendo evoluir com o deslocamento de mediastino e compressão de vasos
importantes, resultando em hipotensão. Dessa maneira, o barotrauma pulmonar deve
ser evitado ou remediado imediatamente caso ocorra durante um procedimento
cirúrgico visando um melhor prognóstico para o paciente. Analisar as condições para o
surgimento de um pneumotórax hipertensivo decorrente de indução anestésica e o
manejo do paciente nesta complicação. Trata-se de uma revisão integrativa da
literatura, um estudo observacional do tipo quantitativo, realizada a partir de buscas
nas plataformas PubMed, Lilacs e Google Acadêmico, utilizando os Descritores em
Ciências da Saúde (DECS) “Barotrauma”, “Anestesia” e “Anestesia Geral”, em inglês,
espanhol e português, combinados pelos operadores booleanos “AND” e “OR”. Foram
obtidas 15 referências, das quais 15 resumos foram analisados e 8 foram selecionadas
levando em consideração os critérios de inclusão: relevância, abordagem temática,
idioma inglês, português e espanhol, além do período de publicação de 2008 a 2020.
Foi verificado incidência baixa de pneumotórax hipertensivo secundário a anestesia
geral, houveram apenas dois casos após 30.000 induções anestésicas. Porém, deve-se
estar atento aos fatores de risco para esta complicação, como o acesso venoso central,
cirurgia laparoscópica, volumes correntes excessivos ou picos de pressão na via aérea
e blebs. Em relação iatrogenia, as principais causas são punção transtorácica aspirativa,
cateterismo de veia subclávia, toracocentese, biópsia pulmonar transbrônquica,
biópsia pleural e ventilação mecânica. O manejo baseado em cinco princípios:
eliminação de ar, reduzir a fuga de ar, a cura fístula pleural, a promoção da reexpansão
e a prevenção futuras recorrência, através da oxigenoterapia e a drenagem torácica.
Caso haja suspeição de lesão na árvore brônquica, solicitar tomografia
computadorizada ou broncoscopia. Dessa maneira, há necessidade de precaver ou
manejar o barotrauma pulmonar, uma vez que pode resultar em deslocamento de
mediastino e compressão de vasos importantes, levando o paciente à hipóxia.
Procedimentos que requerem anestesia geral com pressão positiva, é necessário ter
em mente a complicação de pneumotórax hipertensivo, apesar da baixa incidência,
uma vez que é potencialmente letal. A equipe deve estar atenta aos fatores de risco e conhecer técnicas de manejo, na tentativa de reverter o quadro o mais precoce
possível.

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Publicado

2021-05-25

Edição

Seção

ANAIS II CAMEG