Análise dos óbitos fetais no Brasil devido a malformações congênitas do coração entre os anos 2010 a 2018

Autores

  • Dielitha Aparecida de Paula Discente do curso de Medicina da Universidade de Rio Verde
  • Débora Rocha Moraes Discente do curso de Medicina da Universidade de Rio Verde
  • Raiane Antunes Sampaio Mestranda em Ensino na Saúde da Universidade de Rio Verde

Palavras-chave:

Anomalias congênitas, Óbito fetal, Epidemiologia

Resumo

Malformações congênitas são alterações funcionais ou estruturais do desenvolvimento fetal, cuja origem ocorre antes do nascimento. Em geral, são de causas genéticas, ambientais ou desconhecidas. No Brasil, as anomalias congênitas são a segunda causa de óbito em crianças menores de um ano. As malformações congênitas do coração constituem uma das principais alterações encontradas, assim, considerada importante causa de mortalidade infantil no país. Analisar o perfil epidemiológico dos óbitos fetais no Brasil devido a malformações congênitas do coração entre os anos de 2010 a 2018. Foi realizado um estudo descritivo, transversal, na base de dados do Departamento de Informática do SUS (DATASUS), em junho de 2020, referente aos anos de 2010 a 2018, a fim de quantificar e analisar os óbitos fetais devido a malformações congênitas do coração no Brasil. Assim, foram selecionados dados referentes à região, sexo, idade materna, idade gestacional (IG) e relação temporal com o parto. Entre os anos de 2010 a 2018 registou-se, no Brasil, um total de 1.610 óbitos fetais por malformações congênitas do coração, com um aumento de 64% no número de casos nesse período. Em relação ao sexo, 50% dos fetos eram do sexo feminino, 48% masculino e 2% sexo ignorado. No que tange à distribuição geográfica, a região Sudeste representou 44% do total de óbitos, seguida pelas regiões Nordeste com 23%, Sul com 16%, Centro Oeste com 11% e Norte com 6% do total. Em relação à idade materna, destaca-se a faixa etária entre 30 a 39 anos, configurando 37% do total de óbitos, seguida, respectivamente pelas faixas etárias de 20 a 29 anos, 10 a 19 anos, 40 a 49 anos e idade ignorada. No que se refere à IG, houve um maior número de óbitos entre 32 e 41 semanas (sem.) de gestação, correspondendo a 52% do total de óbitos, seguida nessa ordem, 22 a 31 sem., IG ignorada, menos de 22 sem. e mais de 42 sem. No que diz respeito à relação do óbito com o momento do parto, 91% dos óbitos ocorreram antes do parto, 4% durante ou após o parto e 5% momento ignorado. Desta forma, é possível inferir que houve um aumento de 64% no número de óbitos fetais por malformações congênitas do coração entre 2010 a 1018, sendo que a maioria dos casos ocorreram na região Sudeste e em fetos do sexo feminino. Em relação a características gestacionais, a maior parcela dos óbitos foi registrada antes do parto, com IG entre 32 a 41 semanas e com mães entre 30 e 39 anos.

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Publicado

2021-05-23

Edição

Seção

ANAIS II CAMEG