Uso de antibióticos na pancreatite aguda: uma revisão da literatura

Autores

  • Davi Mamede da Luz Centro Universitário Unievangélica
  • Maria Luiza Silva Teixeira Centro Universitário Unievangélica
  • Millena Batistela Pereira Centro Universitário Unievangélica
  • Danúbio Antônio de Oliveira Centro Universitário Unievangélica

Palavras-chave:

Antibacteriano, Pancreatite, Eficácia

Resumo

A pancreatite aguda (PA) é um processo de inflamação no pâncreas, normalmente causada por cálculos biliares ou uso excessivo de álcool.  Desse modo, usualmente é acompanhada de dor na região epigástrica do abdome, além de sinais e sintomas como vômitos. Nos casos mais graves, a presença de necrose infectada aumenta os níveis de mortalidade. É diagnosticada através de evidência bioquímica (amilase ou lipase acima do limite aceitável), evidência radiográfica de pancreatite em corte transversal e dor característica no abdome. Ademais, na conduta terapêutica os antibióticos se tornam como uma possibilidade, sendo o uso consensual e muitas vezes prescritos de forma errônea. Assim, o uso indiscriminado gera resistência adquirida pelas bactérias. O objetivo deste trabalho é avaliar a eficácia dos antibióticos no tratamento e conduta da pancreatite aguda e a importância do assunto na gastroenterologia. Realizou-se um estudo secundário, uma revisão integrativa da literatura a partir de 10 artigos encontrados nas plataformas Pubmed e Scielo. Os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) usados foram: “Antibacterianos” AND “Pancreatite” AND “Eficácia”. Os critérios de inclusão definidos foram abranger os descritores; publicações entre 2013 e 2020. Os critérios de exclusão foram artigos que não respeitassem o recorte de tempo estabelecido; publicações que não se relacionavam com o tema; trabalhos que não estavam em português ou inglês. O uso de antibacterianos (AB) ,como profilaxia se mostrou ineficaz em muitos trabalhos, sendo não recomendável. Pesquisas ressaltam que infecções extra-hepáticas aumentam a morbidade e a mortalidade em pacientes com PA e ao serem confirmadas, é necessária a administração de AB adequados. Segundo as evidências, o uso de AB não gerou redução significativa na mortalidade e o erro no diagnóstico resulta no excesso de uso de antibióticos, mas o correto possibilita o manejo adequado do início, continuidade e descontinuidade da terapia. Pesquisas mostram que de 891 casos, somente 20 pacientes tinham exames que comprovassem a infecção, o que gerou um alto percentual de erro em prescrição. O uso de AB segundo os dados são globalmente guiados por consensos entre gastroenterologistas sem haver um real propósito, o que reduz o potencial da terapia ,gera custo ao paciente e abre brechas para a resistência de bactérias. Para o tratamento de PA por meio da antibioticoterapia ser eficaz, deve haver mais regulamentação entre os médicos, para ser usado quando há real evidência de infecção, potencializando a ação e reduzir custos, evitando resistência de bactérias às drogas disponíveis.

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Publicado

2021-05-25

Edição

Seção

ANAIS II CAMEG