Realização de endoscopia em tempos de covid-19: precauções para reduzir o risco de infecção - revisão de literatura

Autores

  • Isadora Lima do Prado Centro Universitário Unievangélica
  • Maria Paula Borges Rodrigues Centro Universitário Unievangélica
  • Carolina Ribeiro Fernandes Oliveira Centro Universitário Unievangélica
  • Venâncio Tavares Trindade Centro Universitário Unievangélica
  • Lucas de Lima Rocha Centro Universitário Unievangélica
  • Danúbio Antônio de Oliveira Centro Universitário Unievangélica

Palavras-chave:

Endoscopia Gastrintestinal, Infecções por Coronavirus, Prevenção de Doenças

Resumo

No final de 2019, surgiu na China um surto de doença respiratória viral que atraiu as atenções mundiais. A infecção causada pelo vírus SARS-CoV-2 adquiriu proporções inimagináveis em um curto espaço de tempo, passando a ser considerada pandemia em março de 2020. Em virtude dos riscos de contaminação e necessidade de prevenção da disseminação viral, os atendimentos de saúde precisaram ser adaptados, diversos procedimentos eletivos foram adiados e outros passaram a seguir regras mais rígidas de segurança. O mesmo ocorre para as endoscopias gastrointestinais, que agora necessitam de cuidados rigorosos para sua realização. Verificar as recomendações para realização do procedimento de endoscopia durante a pandemia de COVID-19, visando reduzir o risco de transmissão viral a profissionais de saúde e pacientes. Trata-se de uma análise a partir de artigos selecionados nas bases de dados LILACS, SCIELO, Pubmed e Google Acadêmico, utilizando os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) “coronavirus infections” AND “endoscopy”, com seleção de publicações de 2020. Diante do atual cenário pandêmico, devido às características de transmissão do vírus SARS-CoV-2, sabe-se que os procedimentos endoscópicos são considerados de alto risco, em razão da aerossolização, com presença de eructação, flato, vômitos e material fecal. Por isso, adaptações são necessárias para realização segura de endoscopias digestivas. A partir do momento que o paciente estiver agendado para a realização de uma endoscopia, o risco de infecção deve ser estratificado de forma individual. Cuidadores e familiares não devem acompanhar o procedimento, salvo casos em que o paciente exija assistência específica. A assistência telefônica regular com triagem deve acontecer 7 e 14 dias após o procedimento. Ademais, a utilização correta de todo o equipamento de proteção individual (EPI), principalmente a máscara facial, em especial as máscaras respiratórias N95 que apresenta um ajuste facial e filtragem eficientes, são de extrema importância. Os pacientes devem ser convidados a utilizar máscara e/ou luva cirúrgica a depender do risco no qual foi estratificado. A equipe deve ser capacitada e conhecer o método correto de higiene das mãos. Recomenda-se, também que os procedimentos endoscópicos sejam realizados em uma sala de isolamento de infecções transportadas por via aérea que atenda aos requisitos de biossegurança de nível 3. De forma concomitante, faz-se necessária a limitação do número de profissionais durante o procedimento aos essenciais à execução do mesmo. A pandemia de COVID-19 alterou substancialmente o fluxo de trabalho e segurança na realização de procedimentos endoscópicos. Pelo fato da endoscopia ser um caminho para a infecção, devido às características do vírus e sua transmissão, o fornecimento de orientações torna-se imperioso, a fim de garantir um alto nível de proteção tanto para pacientes quanto para profissionais de saúde.

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Publicado

2021-05-25

Edição

Seção

ANAIS II CAMEG