Perfil epidemiológico de óbitos infantis por causas evitáveis em Goiás no período de 2008-2018

Autores

  • Juliana Roque de Souza Araújo Centro Universitário Unievangélica
  • Thaís Gonçalves Camarço Lima Centro Universitário Unievangélica
  • Daniele Belizário Bispo Centro Universitário Unievangélica
  • Isabella Viana Araujo Centro Universitário Unievangélica
  • Isabela Perin Sarmento Centro Universitário Unievangélica
  • João Paulo Yoshio da Silva Centro Universitário Unievangélica

Palavras-chave:

Mortalidade Infantil, Saúde Materno-Infantil, Estatísticas Vitais

Resumo

As causas de mortes evitáveis são definidas como preveníveis (total ou parcialmente) por ações efetivas dos serviços de saúde que estejam acessíveis em local e época determinados. Diante da atualização de pesquisas, há possibilidade de promoção da saúde por meio de prevenção e conduta adequada diante das causas evitáveis. O índice de mortalidade infantil é um preditor, além da realidade de saúde, do desenvolvimento econômico e da qualidade de vida local; é fundamental determiná-lo e se ater à mudanças na atenção à saúde materno-infantil. Afinal, reduzir a morte por causas evitáveis no Brasil ainda é um desafio. Descrever o perfil epidemiológico dos óbitos por causas evitáveis em crianças menores de 5 anos entre o período de 2008 a 2018 no estado de Goiás. Trata-se de um estudo observacional do tipo quantitativo retrospectivo do número de óbitos por causas evitáveis em crianças menores que 5 anos em Goiás, no período de 2008-2018. Os dados foram obtidos nos Sistemas de Informação do Sistema Único de Saúde (SUS) desenvolvido pelo DATASUS. Entre 2008 e 2018, ocorreram, no total, 10.012 óbitos por causas evitáveis em menores de 5 anos residentes em Goiás. Nesse período, houve uma oscilação no número total de óbitos por ano, sendo que o mínimo atingido foi 824, em 2017, e o máximo atingido foi 990, em 2012. Somado a isso, ao analisar por ordem decrescente de mortalidade, estão, primeiramente, as causas reduzíveis por atenção adequada à mulher na gestação (responsáveis por 3.771 óbitos), ao recém-nascido (2.557) e à mulher no parto (1.274), totalizando 7.602 óbitos na década em estudo. Ademais, outras circunstâncias evitáveis frequentes são: causas reduzíveis por ações de promoção à saúde (1.229), por diagnóstico e tratamento adequado (1.156) e por ações de imunização (25). Acerca da faixa etária, os neonatos de 0 a 6 dias foram os mais acometidos (5.522 óbitos), seguidos pelos neonatos de 7 a 27 dias (1.752), pós-neonatos de 28 a 364 dias (1.670) e crianças de 1 a 4 anos (1.065). Desse modo, foi observada uma relação inversa entre o avançar da idade e os óbitos por causas evitáveis. Quanto ao sexo, a mortalidade masculina foi superior (5.563) à feminina (4.419). Além disso, a análise segundo cor/raça mostrou que a maior parte dos óbitos foram em crianças pardas (4.406) e brancas (4.006). Em relação aos municípios, a maioria dos casos ocorreram em Goiânia (2.029), Aparecida de Goiânia (928), Anápolis (550) e Rio Verde (369). Diante do exposto, tem-se que as causas de morte evitáveis em crianças menores de 5 anos de idade no estado de Goiás perfazem situações relacionadas, principalmente, ao período gestacional, neonatal e puerperal. Assim sendo, torna-se evidente que medidas de atenção em saúde nestes períodos são profilaxia para que essas mortes sejam evitadas.

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Publicado

2021-05-25

Edição

Seção

ANAIS II CAMEG