A importância do exame citopatológico no diagnóstico de câncer de colo do útero na gestação: uma revisão integrativa

Autores

  • Ana Laura Portilho Carvalho Universidade de Rio Verde
  • Joana Haab Krein Universidade de Rio Verde
  • Maria Eduarda Ferreira de Oliveira Universidade de Rio Verde
  • Weberton Dorásio Sobrinho Universidade de Rio Verde
  • Evilanna Lima Arruda Universidade de Rio Verde

Palavras-chave:

Gestantes, Neoplasia do colo de útero, Teste de Papanicolau

Resumo

O câncer de colo de útero (CCU) é uma neoplasia maligna que acomete a parte inferior do útero, sendo causado por uma infecção persistente de alguns tipos do papilomavírus humano (HPV). É o tipo de câncer mais comum durante a gravidez ou em até 12 meses após o parto, portanto é de extrema importância o seu diagnóstico prévio; o qual pode ser realizado através do exame citopatológico no colo uterino. Assim, é possível detectar as lesões precursoras na fase inicial, resultando em maior chance de tratamento e melhor prognóstico para a gestante. Analisar a importância do exame citopatológico para diagnóstico de câncer de colo de útero em gestantes. O presente estudo trata-se de uma revisão integrativa da literatura que procedeu a partir de uma análise retrospectiva de artigos publicados nos últimos 5 anos. Foi realizado um levantamento bibliográfico por meio das plataformas SciELO e PubMed, além da utilização de dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Instituto Nacional de Câncer. A pesquisa foi realizada por meio do cruzamento dos seguintes descritores: “gestantes”, “neoplasias do colo do útero” e “teste de Papanicolau”. Empregando os critérios de busca pré-definidos, foram selecionados 9 artigos que vinham ao encontro das exigências metodológicas, sendo 1 contra o procedimento e 8 adeptos. Constatou-se uma certa recusa, por parte das gestantes, à realização do exame citopatológico devido a existência de um senso comum ligando a execução do procedimento ao risco de abortamento, além de um certo receito associado ao medo do diagnóstico resultar em uma interrupção da gestação. Segundo dados da OMS (2018), o CCU é o terceiro tipo de câncer mais prevalente entre as mulheres, gerando cerca de 570 mil novos casos por ano, com uma taxa de mortalidade aproximada de 54%, sendo uma das neoplasias mais frequentes durante a gestação. Estudos associaram a infecção pelo HPV ao aumento do risco de ruptura prematura de membranas, estando esta relacionada a altas taxas de prematuridade - 40% dos casos - e morbidade perinatal - 20% dos casos. Apesar das mudanças anatômicas associadas à gravidez e as alterações presentes na junção escamo-colunar, a coleta da amostra não apresenta aumento dos riscos sobre a gestação, desde que realizada com a técnica adequada e por um profissional capacitado. Por tratar-se de um método de rastreio, o exame permite a identificação de lesões em estágios iniciais do CCU, sendo evidenciada a importância da realização nas primeiras consultas do pré-natal.  O exame citopatológico é de suma importância para o diagnóstico precoce de CCU - seja em gestantes ou não - enquadrando-se como principal estratégia na detecção de lesões em estágios iniciais, em mulheres assintomáticas. Destarte, consuma-se também que pré-conceitos sobre o exame devem ser ressignificados, haja vista que o mesmo não causa riscos nem à gestante e nem ao feto.

Downloads

Publicado

2021-05-23

Edição

Seção

ANAIS II CAMEG