Avaliação da técnica de remodelamento de alopecia e suas complicações em crianças vítimas de queimadura: uma revisão bibliográfica

Autores

  • Vinicius Santos Romao Centro Universitário Universitário São Lucas
  • Jéssica Nobre Andrade Centro Universitário Universitário São Lucas
  • Raissa Santos Reimann Centro Universitário Universitário São Lucas
  • Josiel Neves da Silva Centro Universitário Universitário São Lucas
  • Rodolfo Luis Korte Doutor Docente do Centro Universitário Universitário São Lucas

Palavras-chave:

Expansão tecidual, Alopecia por queimaduras, Crianças

Resumo

RESUMO: As queimaduras foram a segunda causa de internações pediátricas em 2018 no Brasil e implicam em limitações sociais principalmente quando em cabeça e pescoço, devido à localização visível da cicatriz, podendo causar distúrbios psicológicos graves, devido à imaturidade do desenvolvimento psíquico. Assim, procedimentos efetivos para correção desse tipo de lesão ganharam destaque na atualidade, especialmente a técnica de expansão tecidual. Esta apresenta menor morbidade, manutenção da cor e da textura da pele, preservação dos nervos sensoriais e baixa complexidade, além de permitir redistribuição dos folículos capilares existentes no couro cabeludo para o tratamento de alopecias, representando vantagens em relação a outras técnicas como, por exemplo, a transferência de tecidos. Realizar uma revisão de literatura sobre a técnica de expansão tecidual para a reconstrução de alopecia do couro cabeludo secundária à queimadura em pacientes pediátricos e suas possíveis complicações pós-operatório. Utilizou-se a plataforma PubMed como ferramenta para esta pesquisa. Na busca pelos referenciais foram inseridas as seguintes palavras-chave: “tissue expansion reconstruction in post burn”. Os critérios de inclusão foram limitados a estudos divulgados nos últimos 5 anos e que se relacionavam a pacientes pediátricos. Desses, dois artigos atenderam aos critérios. Observou-se que o tempo de expansão da pele no tratamento da alopecia foi de aproximadamente 99,7 dias (variando entre 33-180), a média das expansões seriais realizadas para obtenção de benefícios foi de 3-6 ciclos, o volume por ciclo adequado da prótese variou de 10-15% da pele comprometida, levando em consideração a região e as etapas do crescimento da criança. Dentre as complicações, pode-se citar como menores o hematoma, seroma, atraso na cicatrização, modelagem óssea e neuropraxia. Enquanto que as principais incluem infecção, luxação, vazamento e deiscência. Além de apresentar baixas ocorrências, as complicações na expansão tecidual sob indicação por queimadura não foram mais incidentes em relação às outras indicações. Conclui-se que a técnica é indicada para tratamento da alopécia de couro cabeludo secundária à queimadura, pois a expansão do tecido permite a redistribuição dos folículos capilares existentes, assim como mantém a cor e textura da pele, com resultados estéticos consideráveis, melhorando a autoimagem corporal pós-lesão. Apesar da técnica apresentar altas complicações em paciente pediátricos, este procedimento cirúrgico ainda é o melhor tratamento disponível para pacientes com história de queimadura.

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Publicado

2021-05-23

Edição

Seção

ANAIS II CAMEG