O cumprimento das metas para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis no Brasil
Palavras-chave:
Doenças Não Transmissíveis, Doença Crônica, Sistema Único de SaúdeResumo
Atualmente, as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) constituem um problema de saúde global, sendo responsáveis por 71% de todas as mortes ao redor do mundo anualmente. No Brasil, o cenário é até mais negativo, com uma porcentagem de mortalidade em torno de 75%. Tendo como base a importância das DCNT para as taxas de morbimortalidade brasileiras, o Ministério da Saúde coordenou em 2011 a elaboração do Plano de Ações Estratégias para o Enfrentamento das DCNT no Brasil, com metas de combate e enfoque para quatro doenças principais, bem como para seus fatores de risco. Desse modo, o presente artigo tem por objetivo analisar o cumprimento das metas de tal plano após sua implantação. Foi realizada uma minirevisão de literatura, com base em cinco artigos datados entre 2012 a 2019 e selecionados a partir das bases de dados LILACS, PubMed e Scielo. É destacável que as metas vêm, apesar de algumas dificuldades, sendo cumpridas e alcançando resultados positivos, com redução significativa no consumo de tabaco e álcool, aumento do consumo de frutas e legumes, aumento dos níveis de atividade física, da cobertura de mamografia e estabilidade na citologia oncótica. Entretanto, para um enfrentamento satisfatório das doenças crônicas, se fazem necessários investimentos governamentais em políticas públicas e na Estratégia Saúde da Família. Nesse sentido, o atual cenário de crise econômica e política vivenciados no Brasil pode acabar sendo um empecilho para o cumprimento, nos próximos anos, das metas propostas pelo Plano de Ações Estratégias para o Enfrentamento das DCNT.