Trato gastrointestinal e a doença de Alzheimer: a influência do segundo cérebro na prevenção e evolução da doença

Autores

  • Ana Julia Lemos Fernandes Discente do curso de Medicina do Centro Universitário UniEVANGÉLICA
  • Ana Laura Silveira Abadia Centro Universitário de Anápolis - UniEvangélica
  • Beatriz Campos Centro Universitário de Anápolis - UniEvangélica
  • Scarleth Reis de Oliveira Santos Centro Universitário de Anápolis - UniEvangélica
  • Vithor Alexander Borges Coelho Centro Universitário de Anápolis - UniEvangélica
  • Danúbio Antônio de Oliveira Centro Universitário de Anápolis - UniEvangélica

Palavras-chave:

Microbioma gastrointestinal, Doença de Alzheimer

Resumo

A Doença de Alzheimer (DA) é a demência mais comum, totalizando cerca de 80% dos diagnósticos de demência, o que leva à estimativa de cerca de 35,6 milhões de pessoas com a DA no mundo e no Brasil, cerca de 1,2 milhão de casos, a maior parte deles ainda sem diagnóstico. Dessa forma, realizou-se uma revisão integrativa da literatura, com o intuito de avaliar a relação do complexo de microrganismos que povoam o trato gastrointestinal e dietas alimentares, de forma preventiva, na Doença neurodegenerativa de Alzheimer. Foi executada uma busca entre os meses de agosto e setembro de 2020, nas seguintes bases de dados: National Library of Medicine and National Institutes of Health (PUBMED), e Scientific Eletronic Library Online (Scielo) e Google Acadêmico. Os estudos analisados constataram a dieta como um importante fator na prevenção e no tratamento da DA, constatando relação direta entre indicadores nutricionais, IMC, peso e desempenho cognitivo. Além disso foi constatada a contribuição para a redução do risco de desenvolver DA por meio de ajustes modestos na dieta, tais como: suplementação com óleos (de coco isocalórico, mediterrâneo), ômega-3, betaína e alimentação rica em leguminosas, frutas vermelhas, vegetais de folhas verdes escuras, alimentos ricos em proteínas, xantofilas e vitaminas do complexo B. Em paralelo, a microbiota intestinal desempenha papel protetor essencial contra DA e quando alterada pode contribuir para o desenvolvimento da síndrome, seja pelo agravamento da neuro degeneração, seja pelo declínio imunológico e fisiológico. De maneira geral, os estudos revelaram que há relação clara e direta entre a microbiota intestinal, a dieta nutricional e a prevenção e desenvolvimento da doença de Alzheimer. O controle de tais fatores é influente o bastante na modulação do neurodesenvolvimento de forma a contribuir para a desaceleração da doença ou mesmo na prevenção. 

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Publicado

2020-12-01

Edição

Seção

RESUMOS - Medicina Preventiva