O papel de infecções microbiológicas na etiologia do câncer colorretal: uma revisão integrativa

Autores

  • Eduardo Cerchi Barbosa Centro Universitário de Anápolis - UniEvangélica
  • Bruna Vieira Castro Centro Universitário de Anápolis - UniEvangélica
  • João Vítor Teixeira Couto Centro Universitário de Anápolis - UniEvangélica
  • Miguel Fernandes Rassi Lopes Centro Universitário de Anápolis - UniEvangélica
  • Sérgio Augusto Dutra da Conceição Centro Universitário de Anápolis - UniEvangélica
  • Luciana Vieira Queiroz Labre Centro Universitário de Anápolis - UniEvangélica

Palavras-chave:

Adenocarcinoma, Doenças sexualmente transmissíveis, Neoplasias colorretais

Resumo

O câncer colorretal (CCR) é uma doença que acomete parte do trato gastrointestinal. O risco para se desenvolver o CCR pode ser herdado, mas como a doença é multifatorial, acredita-se que os fatores ambientais desempenham um papel mais importante do que a hereditariedade. Dessa forma, foi identificado que o CCR também está associado com infecções por patógenos, sobretudo com as infecções sexualmente transmissíveis. O objetivo do estudo é descrever a fisiopatologia do CCR, bem como avaliar se as infecções provocadas pelo Papilomavírus humano (HPV), Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) e Neisseria gonorrhoeae (NG) são capazes de promover alterações que possam implicar na carcinogênese do colorretal. Trata-se de uma revisão de literatura, baseada em 32 estudos científicos, publicados no Lilacs, PubMed e SciELO, entre 2005 e 2020. Os principais descritores utilizados foram: “Colorectal Neoplasms”, ‘’Adenocarcinoma’’, “Sexually Transmitted Diseases”. A partir destes estudos, foi observado que a maioria dos CCRs são provenientes de pólipos que evoluem para adenomas. Esse processo acontece em decorrência de alterações distintas e cumulativas, sobretudo, em oncogenes, genes supressores de tumor e genes de reparo. Após a pesquisa, constatou-se que a infecção pelo HPV é um potencial fator de risco para o CCR, visto que o vírus é capaz de promover alterações suficientes para provocar sua carcinogênese. Além disso, nossas análises não descartam que os portadores de HIV também são um grupo de alto risco para o surgimento da doença, sendo que uma das hipóteses para este acontecimento é a ação da oncoproteína Tat. Já na gonorreia, foi demonstrado que a colite – manifestação comum na doença, pode evoluir de um quadro clínico controlável para o desenvolvimento do CCR, devido a uma resposta patológica dos inflamassomas. Sendo assim, acredita-se que nossas conclusões possam ter um importante significado científico para um melhor entendimento dos fatores de risco associados ao CCR.

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Publicado

2020-12-01

Edição

Seção

RESUMOS - Medicina Preventiva