Aterosclerose carotídea: perfil epidemiológico dos portadores da doença na região sul do Maranhão
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PORTADORES DA DOENÇA NA REGIÃO SUL DO MARANHÃO
DOI:
https://doi.org/10.29237/2358-9868.2020v8i1.p136-141Palavras-chave:
Ultrassonografia doppler. Ateromatose carotídea. Comorbidades. Fatores de risco.Resumo
Objetivo: Considerando a importância epidemiológica da aterosclerose carotídea (AC), bem como o impacto de suas complicações, decidiu-se analisar o perfil epidemiológico dos pacientes que foram submetidos ao exame de ultrassonografia com doppler das artérias carótidas, usando parâmetros como idade, sexo, tabagismo e doenças sistêmicas (hipertensão arterial, diabetes mellitus e acidente vascular encefálico). Métodos: Os dados foram obtidos a partir da análise de fichas de atendimento disponibilizadas por uma instituição privada de Imperatriz–MA, que oferece o serviço de doppler ecografia de carótidas, no período de janeiro a dezembro de 2017. O exame ultrassonográfico teve como objetivo a localização e quantificação de lesões ateromatosas das carótidas. Resultados: Foram estudados 274 indivíduos, cuja faixa etária variou entre 18 e 99 anos, com idade média de 59,63 anos (± 11,78), dos quais 198 (72,3%) eram do sexo feminino e 76 (27,7%) masculino. Desses, 183 (66,8%) afirmaram ser hipertensos, 47 (17%) diabéticos, 26 (9,5%) tabagistas e 58 (21,2%) ter história pregressa de acidente vascular cerebral (AVC). Conclusões: Houve maior prevalência de placas ateromatosas nos exames dos pacientes do sexo masculino e os testes de significância revelaram forte associação entre alterações no exame e hipertensão arterial (p=0,0004), diabetes miellitus (p<0,0001), AVC prévio (p<0,0001) e idade avançada (p<0,0001). Tabagismo não associou-se a maior quantidade de exames alterados (p=0,8239), porém a amostra de pacientes tabagistas não foi suficiente.
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