Queda vacinal e sua relação com o movimento antivacina

Autores

  • Débora Teodoro Carrijo
  • Luísa Catilho Amâncio
  • Vinicius Dias de Oliveira
  • Rafaela Zacheo Zanon
  • Yarla Resende Oliveira
  • Mithielle Rodrigues de Oliveira Peixoto

Palavras-chave:

Vacina. Movimento antivacina. Doenças Infecciosas.

Resumo

ntrodução: A Vacinação é a principal estratégia de prevenção contra doenças infecciosas, sendo a vacina composta por vírus/bactérias inativas ou microorganismos atenuados que induzem o corpo a desenvolver anticorpos próprios para defesa contra diversas doenças. No entanto, a hesitação vacinal tem sido cada vez mais evidente no Brasil, contribuindo para uma queda nas coberturas vacinais, principalmente infantis, gerando transtornos na saúde pública. OBJETIVO: Debater a queda da vacinação no Brasil e correlacionar com o movimento antivacina. Material e método: Trata-se de um estudo epidemiológico sobre as doses vacinais aplicadas no Brasil, no perído de 2013 a 2018, realizado por meio de consulta ao DATASUS. Os dados obtidos foram comparados à artigos que abordavam o mesmo tema. Os critérios utilizados na seleção dos artigos foram: trabalhos em língua portuguesa, publicados entre 2015 a 2019, nas plataformas de pesquisa Scielo e PubMed por meio de descritores em ciência da saúde padronizados pela BIREME: vacinação, movimento antivacina, Programa Nacional de Imunização. Resultados: É visível que o Programa Nacional de Imunização (PNI), desenvolvido pelo Ministério da Saúde com intuito de efetivar a prevenção nacional, tem contribuído para erradicação de várias doenças infecciosas, como a varíola e a poliomielite, e também para a redução de enfermidades, como tétano, tuberculose, difteria, coqueluche, entre outras através de coberturas vacinais e desenvolvimento da caderneta de vacinação que colabora com o controle de pessoas imunizadas no país. No entanto, países em desenvolvimento costumam passar por situações de hesitação da população perante a vacina, diminuindo o número de pessoas vacinadas, aumentando o risco de contaminação e provocando o ressurgimento de doenças erradicadas, como o sarampo que foi dito como erradicado em 2016 no Brasil, mas que voltou com alguns casos em virtude da queda vacinal, totalizando 566 casos no ano de 2018. A justificativa está que as vacinas irão provocar efeitos adversos preocupantes, com base em informações por meio de redes sociais na maioria dos casos, disseminando informações nem sempre verídicas, contribuindo para um novo movimento nacional contra a vacinação. No ano de 2013, a título de exemplo, foram aplicadas um pouco mais de 196 milhões de doses, caindo para quase 114 milhões em 2018, passando longe da meta nacional. Vacinas como BCG e Hepatite B que são aplicadas em neonatos também diminuíram sua aplicabilidade, deixando os indivíduos vulneráveis antes mesmo de terem uma opinião acerca do assunto. Conclusão: Por fim, nota-se uma onda de aversão à essa estratégia de prevenção que deve ser contra argumentada pelo governo através da mídia para esclarecer dúvidas e reduzir medos acerca do assunto. Além disso, é fundamental que se esclareça a importância de se vacinar desde cedo todos os indivíduos, contribuindo para a saúde não só individual, mas de toda a população. A vacina tem se mostrado cada vez mais eficiente e é o método mais seguro para combate e erradicações de doenças infecciosas que antes causavam milhares de óbitos no mundo, como a poliomielite.

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Publicado

2020-02-16

Edição

Seção

ANAIS I CAMEG