Perfil epidemiológico da colelitíase no Brasil: análise de 10 anos
DOI:
https://doi.org/10.29237/2358-9868.2019v7i2.p109-115Palavras-chave:
Colelitíase. Colecistite. Epidemiologia.Resumo
Objetivo: identificar a prevalência de colelitíase e colecistectomias no Brasil entre os anos de 2008 e 2017, na população geral e por sexo feminino e masculino, bem como determinar a taxa de mortalidade por colecistite aguda. Métodos: Estudo ecológico, cujas fontes de dados foram o Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH), Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com análise do período entre 2008 e 2017. A partir destes dados foram calculadas as taxas de prevalência, de mortalidade através do método Newcombe-Wilson. Resultados: A pesquisa evidenciou aumento de 24% na prevalência de colelitíase, com taxa de crescimento de 31% no sexo masculino e 22% no feminino, embora a prevalência no sexo feminino tenha sido até 71% maior que no sexo masculino. A taxa de mortalidade específica por colecistite aguda cresceu 18% nesse período. A taxa de realização de colecistectomias convencionais foi 32% a 85% maior que a de videolaparoscópicas, embora esta seja a mais indicada na maioria das vezes. Conclusões: Concluiu-se que a prevalência de colelitíase aumentou principalmente no sexo masculino nos últimos anos, e a taxa de mortalidade elevou-se, apesar dos avanços no diagnóstico e tratamento.
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