Medicina integrativa – as percepções dos médicos atuantes na atenção básica à saúde no município de Anápolis – Goiás.
DOI:
https://doi.org/10.29237/2358-9868.2019v7i2.p61-71Resumo
Analisar o conhecimento e as percepções dos médicos atuantes na Atenção Básica à Saúde (ABS), na Equipe de Saúde da Família (ESF), sobre a Medicina Integrativa (MI) e as Práticas Integrativas e Complementares (PIC’s) se faz imprescindível, para que mudanças sejam realizadas em prol da melhoria da atenção à saúde. A MI é uma estratégia adotada por vários países que enfrentaram um colapso em seu sistema de saúde. No Brasil, a realidade vivida é o domínio da MI pelos hospitais da rede privada e a falta de investimentos na rede pública, além do tímido desenvolvimento e inclusão dessa vertente no âmbito acadêmico e científico. Partindo do princípio da MI, como uma área da medicina reconhecida pelo Ministério da Saúde desde 2006, entender os motivos que estão levando a esse atraso na efetivação da MI, na percepção dos médicos, foi realizada esta pesquisa, utilizando-se de entrevistas qualitativas aplicadas a 10 médicos e questionários quantitativos a 43. Os resultados mostraram a falta de conhecimento por parte dos médicos sobre a MI e as PIC’s, decorrentes da ausência de contato com tal conteúdo na formação acadêmica e pela precária capacitação destes na ABS. Demonstrou, também, um descrédito por parte dos médicos no emprego das PIC’s, em virtude do reduzido número de evidências científicas. Entretanto, as PIC’s foram reconhecidas como estratégia de melhoria da qualidade do atendimento, fortalecimento da relação médico-paciente e redução dos custos, sendo expressos fortes anseios para a sua adoção.
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