CONHECIMENTO AUTODECLARADO SOBRE A CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE FUNCIONALIDADE, INCAPACIDADE E SAÚDE DE ACADÊMICOS DE INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR PRIVADA

Autores

  • Bianca Royer Weschenfelder
  • Felipe Augusto de Sousa
  • Lorraine Barbosa Cordeiro
  • Wesley dos Santos Costa
  • Viviane Soares
  • Daniella Alves Vento Centro Universitário de Anápolis- UniEvangélica

DOI:

https://doi.org/10.29237/2358-9868.2019v7i1.p117-123

Palavras-chave:

Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde, Fisioterapia, Graduação

Resumo

Objetivo:O presente trabalho tem por objetivo avaliar o nível de conhecimento e aplicabilidade da Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF) dos acadêmicos do curso de Fisioterapia de uma instituição de ensino superior privada. Metodologia:Trata-se de um estudo observacional com caráter descritivo, aprovado pelo Comitê de Ética da UniEvangélica sob parecer n.3041562/2018. Incluiu-se por conveniência acadêmicos, de ambos os sexos, maiores de 18 anos e regularmente matriculados no curso de Fisioterapia de uma Instituição de Ensino Superior Privada. Foi aplicado um questionário semiestruturado adaptado contendo informações que avaliam o nível de conhecimento sobre a CIF. Resultados:Dos 137 acadêmicos participantes, 71(100%)deles declararam ter conhecimento sobre o que é a CIF, sendo que do sexo feminino 55(77,5%) obteve-se maior predominância. Apenas 21(15,32%) declararam utilizar a CIF, destes 11(52,4%) matriculados no 6 período, 6(28,6%) 8 período, 3(14, 3%) no 4 período e 1(4,8%) no 1 período, 12(57,1%) não receberam treinamento para usá-la, 15(71,4%) fazem o registro em papel, 16(76,2%) tem dificuldade de aplicar a CIF. Conclusão: O nível de conhecimento sobre o que é a CIF é elevado, porém o nível de conhecimento para aplicação da CIF é baixo. Estes achados reforçam a necessidade e importância da inserção de treinamentos sobre a CIF no decorrer da graduação, para que isto reflita positivamente na vida profissional, pois o fisioterapeuta lida diariamente com a incapacidade, funcionalidade e qualidade de vida dos pacientes e deve ter conhecimento adequado da ferramenta conforme as recomendações do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFITTO).

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Publicado

2019-06-28

Edição

Seção

ARTIGOS ORIGINAIS