A INTERNET COMO FONTE DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE PARA PACIENTES DE UMA UNIDADE DE SAÚDE PÚBLICA DE ANÁPOLIS, GOIÁS
DOI:
https://doi.org/10.29237/2358-9868.2019v7i1.p81-89Palavras-chave:
Internet. Comportamento de busca de informação. Informática em saúde.Resumo
Objetivo: O presente estudo teve por objetivo identificar o perfil dos pacientes que procuram informação de saúde na internet, em uma instituição de saúde pública de Anápolis, em janeiro de 2018 a março de 2018, e se essa busca influencia no processo saúde-doença. Métodos: Trata-se de estudo transversal, descritivo, de abordagem qualitativa e quantitativa, que analisou a busca de informações de saúde na internet pelos pacientes do Ambulatório Universitário Central, por meio de uma pesquisa de campo realizada mediante entrevista estruturada. Resultados: Foram entrevistados 344 pacientes, destes, 307 atenderam aos critérios de inclusão. Cerca de 65% dos pacientes já pesquisaram sobre saúde doença. Neste grupo, houve prevalência do gênero feminino (71,8%), faixa etária de 18 a 28 anos, (87,3%) ensino médio completo (95,2%), renda de 3 a 4 salários mínimos (96%), ausência de comorbidades e pouca utilização do Sistema Único de Saúde. Doenças específicas próprias foi o tema mais procurado em 32,2% dos participantes. Conclusões: Em outros trabalhos já publicados, também houve prevalência do gênero feminino, maior nível de escolaridade, maior renda salarial e ausência de comorbidades. Estes achados constituem aporte relevante para complementação da literatura científica referente ao uso da internet pelos pacientes, já que esta é um meio potencial para a criação de plataformas digitais em saúde que estimulem a troca de experiências das diversas etapas impostas no processo saúde-doença, desde o diagnóstico até a reabilitação.
Referências
2. Brasil. IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. PNAD - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio, 2017. (online). Acesso em 30/04/2017. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/pesquisas/pesquisa_resultados.php?id_pesquisa=40.
3. Luque LF, Bau T. Health and Social Media: Perfect Storm of Information. Healthcare Informatics Research. South Korea, 2015; 21(2):67-73.
4. Vasconcellos-Silva PR, Castiel LD. As novas tecnologias de autocuidado e os riscos do autodiagnóstico pela Internet. Rev Panam Salud Publica. Washington, 2009; 26(2):172-5.
5. Comitê gestor da internet no brasil. TIC Domicílios 2015: Pesquisa sobre o Uso das Tecnologias de Informação e Comunicação nos Domicílios Brasileiros. Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR. São Paulo, p. 337, 2016.
6. Fontelles MJ, Simões MG, Almeida JC, Fontelles RGS. Metodologia da pesquisa: diretrizes para o cálculo do tamanho da amostra. Rev Paran Med. 2010; 24(2):57-64.
7. Bujnowska-Fedak MM. Trends in the use of the Internet for health purposes in Poland. BMC Public Health. 2015; 15(194):1-17.
8. Beck F, Richard JB, Nguyen-Thanh V, Montagni I, Parizot I, Renahy E. Use of the Internet as a health information resource among french young adults: Results from a nationally representative survey. Journal of Medical Internet Research, Toronto. 2014; 16(5):1-13.
9. Araújo TM, Pinho PS, Almeida MMG. Prevalência de transtornos mentais comuns em mulheres e sua relação com as características sociodemográficas e o trabalho doméstico. Rev. bras. saúde matern. Infant. 2005; 5(3):337-48.
10. Albertuni PS, Stengel M. Maternidade e novos modos de vida para a mulher contemporânea. Psicologia em Revista. 2016; 22(3):709-28.
11. Evcili F. A study on the relationship between internet use, anxiety levels, and quality of life of Turkish pregnant women. Perspectives in psychiatric care. 2018;10(1):1-6.
12. GOOGLE. O uso da internet no Brasil para pesquisas sobre saúde, doenças e medicamentos. Media Screen; 2008.
13. Yamashita T, Bardor AR, Liu D, Cummins PA. Literacy, Numeracy, and Health Information Seeking Among Middle-Aged and Older Adults in the United States. Journal of aging and health. 2018; 1(1):1-16.
14. Feinberg I., Frijters J., Johnson-Lawrence V., Greenberg D., Nightingale E., Moodie C. Examining Associations between Health Information Seeking Behavior and Adult Education Status in the U.S.: An Analysis of the 2012 PIAAC Data. Plos One, San Francisco. 2016; 11(2):1-12.
15. CASTRO, E.M. A Internet como Interface na Relação Médico-Paciente: Aliada ou inimiga?. Arquivos do CRM-PR. 2015; 32(1):1-12.
16. Coscarelli CV. Letramento digital no Inaf. Revista Linguagem & Ensino. 2017; 20(1):154-74.
17. Asan O, Cooper li F, Nagavally S, Walker RJ, Williams JS, Ozieh MN et al. Preferences for Health Information Technologies Among US Adults: Analysis of the Health Information National Trends Survey. Journal of Medical Internet Research. 2018; 20(10):277-85.
18. Hong YA, Zhou Z. A profile of eHealth behaviors in China: Results from a national survey show a low of usage and significant digital divide. Frontiers in public health. 2018; 6(35):1-4.
19. Primo CC, Dutra PR, Lima EFA, Alvarenga SC, Leite FMC. Redes sociais que apoiam a mulher durante a amamentação. Cogitare Enfermagem. 2015; 20(2):422-9.
20. Bessell TL, Anderson JN, Silagy CA, Hiller JE. Surfing, self-medicating and safety: buying non-prescription and complementary medicines via the internet. Quality & safety in health care. 2003; 12(2):88-92.
21. Coelho EQ, Coelho AQ, Cardoso JED. Informações médicas na internet afetam a relação médico-paciente? Revista Bioética (Impr.), São Paulo. 2013; 21(1):142-9.
22. Neto AP, Barbosa L, Muci S. Internet, geração Y e saúde: um estudo nas comunidades de Manguinhos (RJ). Comun. & Inf., Goiânia. 2016; 19(1):20-36.
