Epidemiologia dos acidentes com animais peçonhentos registrados no Estado de Goiás entre os anos de 2007 e 2017
DOI:
https://doi.org/10.29237/2358-9868.2019v7i2.p45-52Palavras-chave:
Animais Venenosos. Venenos Elapídicos. Escorpiões. Picaduras de Aranhas. Pesquisa sobre Serviços de Saúde.Resumo
Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico dos acidentes por animais peçonhentos ocorridos no Estado de Goiás entre os anos de 2007 a 2017.Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico observacional, retrospectivo, que utilizou o sistema informatizado de dados das notificações de acidentes com animais peçonhentos, vinculado ao DATASUS. Resultados: Foram notificados, neste período, 34.968 registros de acidentes com animais peçonhentos, correspondendo a uma média anual de 3.496,8 casos e média de 9,5 acidentes por dia. Os escorpiões (43%) e as serpentes (33,3%) foram os animais mais frequentemente envolvidos nos acidentes. Houve predominância do sexo masculino (61,1%%) e com faixa etária entre 20 e 59 anos de idade. O tempo decorrido entre a picada e o atendimento ocorreu em maior frequência entre 0 a 1 h após o acidente (48,2%) e entre 1 a 3 horas (25,5%). Os envenenamentos foram classificados, de acordo com a gravidade em casos leves (68,4%), moderado (21,1 %) e graves (4,6%). Conclusão: De modo geral, os resultados evidenciam que em Goiás, predomina acidentes com população masculina e economicamente ativa, sendo majoritariamente atendidos dentro da primeira hora após acidente e classificados como gravidade leve.
Referências
2. Pinheiro de Santana VT, Barros JO, Suchara EA. Aspectos clínicos e epidemiológicos relacionados a acidentes com animais peçonhentos. Rev Ciências Médicas e Biológicas. 2017;14(2):153.
3. Pinho FMO, Oliveira ES, Faleiros F. Acidente ofídico no estado de Goiás. Rev Assoc Med Bras. 2005;50(1):93–6.
4. Lopes AB, Oliveira AA, Dias FCF, De Santana VMX, Oliveira VDS, Liberato AA, et al. Perfil Epidemiológico Dos Acidentes Por Animais Peçonhentos Na Região Norte Entre Os Anos De 2012 E 2015. Rev Patol do Tocantins. 2017;4(2):36.
5. Silva AM, Bernarde PS, Abreu LC. Acidentes com Animais Peçonhentos no Brasil por Sexo e Idade. J Hum Growth Dev. 2015;25(1):54–62.
6. Barbosa IR. Aspectos Clínicos e Epidemiológicos dos Acidentes Provocados por Animais Peçonhentos no Estado do Rio Grande do Norte. Rev Ciência Plur. 2015;1(3):2–13.
7. Santana VTP, Suchara EA. Epidemiologia Dos Acidentes Com Animais Peçonhentos Registrados Em Nova Xavantina – Mt. Rev Epidemiol e Control Infecção. 2015;5(3):141–6.
8. Moreno E, Queiroz-andrade M, Lira-da-silva RM. Características clínico epidemiológicas dos acidentes ofídicos em Rio Branco , Acre Clinical and epidemiological characteristics of snakebites in Rio Branco , Acre. Rev Soc Bras Med Trop. 2005;38(1):15–21.
9. Pierini S V., Warrell DA, De Paulo A, Theakston RDG. High incidence of bites and stings by snakes and other animals among rubber tappers and Amazonian Indians of the Jurua valley, acre state, Brazil. Toxicon. 1996;34(2):225–36.
10. Nunes CS, Bevilacqua PD, Jardim CCG. Aspectos demográficos e espaciais dos acidentes escorpiônicos no Distrito Sanitário Noroeste, Município de Belo Horizonte, Minas Gerais, 1993 a 1996. Cad Saude Publica. 2005;16(1):213–23.
11. Saraiva MG, Oliveira D de S, Filho GMCF, Coutinho LAS de A, Guerreiro JV. Perfil epidemiológico dos acidentes ofídicos no Estado da Paraíba, Brasil, 2005 a 2010. Epidemiol e Serviços Saúde. 2012;21(3):449–56.
12. Lemos J, Almeida T, Fook S, Paiva A, Simões M. Epidemiologia dos acidentes ofídicos notificados pelo Centro de Assistência e Informação Toxicológica de Campina Grande (Ceatox-CG), Paraíba Epidemiologic profile of snakebites reported by the Poison Information Center of Campina Grande, Paraíba. Rev Bras Epidemial [Internet]. 2009;12(1):51–9.
13. Oliveira HFA De, Leite RDS, Costa CF. Aspectos Clínico -Epidemiológicos De a Cidentes Com Serpentes Peçonhent Clínico-Epidemiológicos Acidentes Peçonhentas Município De Cuité , Paraíba , Brasil. Gaz méd Bahia. 2011;81(1):14–9.
14. Braga JU, Werneck GL. Vigilância Epidemiológica. Epidemiologia. 2009. 103–121 p.