ANÁLISE DOS FATORES DE RISCO PARA ENDOMETRIOSE

Autores

  • Ana Cláudia Silva Duarte
  • João Paulo Botelho
  • Lívia Oliveira
  • Priscilla Decembre Montalvão
  • Víctor Henrique Araújo
  • Claudinei Sousa Lima

Resumo

A Endometriose é uma doença estrogênio-dependente que afeta cerca de 10 a 15% das mulheres em menácme. Possui uma média de 6,7 anos entre o surgimento dos sintomas e o diagnóstico cirúrgico. Consiste em doença multifatorial, ainda pouco compreendida. Objetivos: Pesquisar e descrever os diversos fatores de risco e suas interações que favorecem o surgimento e/ou progressão da endometriose. Métodos: Análise descritiva, quali-quantitativa e revisão sistemática de artigos através do Google acadêmico, Scielo e Datasus. Resultados: O risco para parentes do primeiro grau de pacientes para o desenvolvimento da endometriose tem sido de 4-8 vezes maior que na população em geral. Num estudo retrospectivo, a incidência de endometriose em cicatriz após parto cesáreo foi de 0,2% e, em de episiotomia foi de 0,06. Mulheres que realizam atividade física tiveram uma redução do risco de endometrioma de 76% em relação àquelas que não realizam. O polimorfismo do gene PROGINS, entre vários outros genes, está associado com a incidência da doença. O consumo de bebidas alcoólicas pode levar ao aumento da infertilidade e endometriose. Segundo dados, nos últimos 4 anos, 38,1% do total de casos de endometriose foram de mulheres brancas, e 43,1% delas possuem entre 40-49 anos. Um estudo analisou que a ingestão dioxina (TCDD) pode desempenhar papel na evolução da Endometriose. Foi observada controvérsias entre as mais diversas pesquisas na etnia como fator de risco para a endometriose, porém essas conclusões são discutíveis devido a variáveis que refletem indiretamente aspectos socioeconômicos e culturais associados à endometriose. Conclusão: É necessário um profundo conhecimento dos fatores de risco e suas interações, visto que essa doença se constitui por uma interação multifatorial. Esse conhecimento se faz necessário para que se desenvolvam melhores métodos diagnóstico, prevenção e o começo de um tratamento não tardio.

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Publicado

2014-11-28