Impacto da campanha antitabagista nas incidências de neoplasias malignas de traqueia, brônquios e pulmão

Autores

  • Milena Vitoria Machado Moreira
  • Lorenna da Silva Braz
  • Letícia Emos de Araújo
  • Júlia Bergamini Gomes
  • Fernanda Guerra Filardi
  • Karla Cristina Naves de Carvalho

Palavras-chave:

Tabagismo. Neoplasias malignas pulmonares. Fatores de risco

Resumo

Introdução: O tabagismo é o ato de consumir cigarros ou outros derivados de tabaco, cujo principal princípio ativo é a nicotina. Atualmente é considerado como doença pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e se apresenta como principal causa prevenível de aproxidamente metade das doenças dos países em desenvolvimento, principalmente neoplasias malignas de traqueia, brônquios e pulmão. O Brasil está entre os países cujas políticas de controle do tabaco encontram-se em estágios avançados. Os principais componentes das políticas brasileiras antitabaco são a proibição do tabagismo em locais públicos, impostos mais altos sobre produtos do tabaco e alertas de saúde nos rótulos das embalagens de cigarros. Objetivo: Verificar comportamento da incidência de neoplasias malignas de traqueia, brônquios e pulmão, tendo o tabagismo como fator de risco entre os anos de 2009 a 2019. Avaliar impacto da campanha antitabagismo no Brasil para alteração na incidência dessas doenças neste período. Material e método: Estudo transversal com população entre 40 a 79 anos de idade registrados na base de dados do DATASUS. Avaliou-se nesta amostra a incidência de Neoplasias Malignas de traqueia, brônquios e pulmão entre o período de janeiro de 2009 a abril de 2019. A pesquisa de artigos foi realizada na base de dados online Scielo, publicados entre os anos de 2000 a 2019. Resultados: Verificou-se um total de 3.426 casos de Neoplasias malignas de traqueia, brônquios e pulmão entre janeiro de 2009 e abril de 2019. O menor número de casos diagnosticados foi em 2009 (191) e o maior no período de janeiro de 2018 a abril de 2019 (519), demonstrando um aumento de 271% entre estas duas datas. Os resultados apresentaram números crescentes no período avaliado, com queda apenas nos anos de 2015 e 2017. Além de aumento percenual máximo em 2014 (24%) em relação ao ano anterior. Conclusão: É fato que as neoplasias malignas de trato respiratório têm aumentado a incidência ao longo do período analisado. Contudo, não é possível afirmar apenas com este estudo que seria devido à uma ineficácia das campanhas antitabagistas. Tendo em visto que demais fatores de risco devem ser considerados, além de ter ocorrido uma maior notificação de doenças e agravos pelos serviços de saúde. Portanto, é imprescindível que haja mais estudos para elucidar tal acréscimo.

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Publicado

2020-02-09

Edição

Seção

ANAIS I CAMEG