Estudo de prevalência de internações e óbitos por epilepsia em idosos em Goiás entre 2008 e 2018

Autores

  • Luanna Fonseca Gomes
  • Débora Silva Barbosa
  • Karoline Morais Medeiros
  • Maria Laura Fonseca Alves
  • Evilanna Lima Arruda

Palavras-chave:

Epilepsia. Distúrbio convulsivo. Transtorno convulsivo.

Resumo

Introdução: Segundo o Ministério da Saúde, a epilepsia é uma doença cerebral crônica causada por diversas etiologias e caracterizada pela recorrência de crises epilépticas não provocadas, cuja incidência é maior no primeiro ano de vida e volta a aumentar após os 60 anos de idade. De grande relevância clínica na prática neurológica, as crises epilépticas estão relacionadas à maior mortalidade, uma vez que há maior risco de acidentes e traumas. Objetivo: Avaliar a quantidade de internações e óbitos por epilepsia no estado de Goiás em maiores de 60 anos de idade. Material e método: Estudo epidemiológico dos casos de internações e óbitos por epilepsia no estado de Goiás no período de 2008 a 2018. As variáveis avaliadas foram a faixa etária dos maiores de 60 anos de vida. Os dados foram obtidos pelos casos notificados disponíveis no Sistema de Morbidade Hospitalar do SUS, disponíveis no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil - DATASUS. Resultados: No período analisado, ocorreram 15.116 internações e 1.080 óbitos de idosos por doenças do sistema nervoso central, desses casos, 2.204 internações e 117 óbitos foram em decorrência da epilepsia. O ano com maior número de internações hospitalares devido à epilepsia foi 2008, com um total de 233 casos e 10 óbitos. O número de pessoas do sexo masculino que foram internadas e/ou foram a óbito pela doença durante 2008 a 2018 foi de 1.262, com 61 mortes; enquanto as do sexo feminino chegaram apenas a 942 pacientes internadas, das quais 56 evoluíram para o falecimento. Conclusão: A partir dos resultados obtidos foi possível observar que a epilepsia foi responsável por 14,5% de todas as internações de idosos por doenças do sistema nervoso central entre 2008 e 2018. Os homens representaram aproximadamente 57% de todos os casos registrados de internações de idosos pela doença e 52% dos falecimentos, o que demonstra que a epilepsia é predominante em pessoas do sexo masculino.

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Publicado

2020-02-16

Edição

Seção

ANAIS I CAMEG