Avaliação da mortalidade média por neoplasia maligna de vesícula biliar em Goiás entre 2006 e 2016

Autores

  • Frederico de Souza Chaveiro
  • Marceloa Ribeiro da Rocha
  • Robson Pierre Pacífico Alves Filho
  • Tayro da Silva Vieira
  • Rafael Ferreira Martins
  • Deocardio Costa da Conceição

Palavras-chave:

Neoplasias. Mortalidade. Colecistectomia. Epidemiologia

Resumo

Introdução: O câncer de vesícula biliar é a neoplasia maligna mais comum da via biliar, entretanto, é raro, representando menos de 1% de todos cânceres. A litíase biliar é o principal fator de risco. Por isso, é mais comum em mulheres, na razão de 2:1. Por ser assintomático quando precoce ou ter sintomas inespecíficos, ter relações anatômicas com estruturas importantes, o câncer de vesícula tem prognóstico reservado, dependente do estadiamento ao diagnóstico. Objetivos: O presente estudo tem como objetivo avaliar a taxa de mortalidade média por tumores malignos colecísticos em Goiás entre os anos de 2006 e 2016. Material e Método: Trata-se de um estudo epidemiológico transversal. Os dados foram colhidos da base de dados do Atlas de Mortalidade por Câncer do Instituto Nacional do Câncer (INCA), disponível na internet. As variáveis foram: mortalidade por neoplasia de vesícula biliar, sexo, faixa etária, estado brasileiro de ocorrência e período de ocorrência. Foram analisadas de forma quanti-qualitativa a mortalidade absoluta e a razão de mortalidade entre os anos de 2006 a 2016. Resultados: Analisando os dados do INCA, entre 2006 e 2016 houveram 299 mortes por neoplasia de vesícula biliar em Goiás, sendo 76,2% mulheres e 23,8% homens. No sexo feminino, 71,5% tinham acima de 60 anos de idade, e 28,5% tinham entre 30 e 59 anos, não teve óbitos em idades inferiores. Houve aumento gradativo do número absoluto e da taxa relativa de mortes com a idade, desde a faixa etária de 30 a 39 anos (6 mortes, taxa de 0,11%) até a faixa de 70 a 79 anos (72 mortes, taxa de 7,39%); acima de 80 anos, apesar do número absoluto (30 mortes), a taxa relativa de mortalidade manteve-se a mais alta (7,7%), o que se explica pela menor população com essa idade. Nos Homens o número absoluto (exceto acima de 80 anos) e a taxa relativa de mortalidade aumentou em cada faixa etária, variando de 1 morte na faixa de 20 a 29 anos (taxa de 0,02%); passando por 13 mortes entre os 50 e 59 anos (taxa 0,42%), chegando a 11 mortes na população acima de 80 anos (taxa de 3,42%). Analisando a taxa bruta de mortalidade, Goiás tem 0,21%, número discretamente melhor, quando comparado com a taxa mundial (0,23%) e a taxa brasileira (0,25%). Conclusão: Desse modo conclui-se que a mortalidade por câncer de vesícula biliar em Goiás é menor que a média do Brasil e do mundo, e que possui uma distribuição de acordo com a literatura, sendo um tumor agressivo, mais comum em mulheres e em idades mais avançadas.

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Publicado

2020-02-16

Edição

Seção

ANAIS I CAMEG