Perfil epidemiológico da internação e tratamento do acidente vascular encefálico isquêmico e hemorrágico em Goiás

Autores

  • Rhaissa Rosa de Jesus Cardoso
  • Anna Paula Amaral Nassarela
  • Caio Henrique Rezio Peres
  • Fernando Ferro da Silva Filho
  • Fernanda Mendes de Paula
  • Bráulio Brandão Rodrigues

Palavras-chave:

Acidente vascular cerebral. Hospitalização. Epidemiologia.

Resumo

Introdução: O Acidente Vascular Encefálico (AVE) é uma patologia cerebral de origem vascular de elevada incidência, mortalidade e morbidade. Cerca de 90% dos sobreviventes desenvolvem alguma sequela, sendo uma das principais causas de incapacidade em adultos. Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico dos casos de AVE isquêmico e hemorrágico de 2015 a 2018, no estado de Goiás, comparando a morbidade nas internações e tratamento, com suas respectivas variáveis. Material e método: Trata-se de um estudo epidemiológico quantitativo e transversal feito no estado de Goiás de 2015 a 2018. Os dados são secundários, obtidos do sistema DATASUS na categoria de base de dados no Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS). Escolheu-se acidente vascular encefálico não especificado como hemorrágico ou isquêmico em morbidade e tratamento de acidente vascular cerebral em procedimento, selecionando variáveis significantes. Resultados: No período em questão, houve 16.190 casos por AVE em Goiás. Do total, o estado ocupa o 12o lugar no Brasil. A maior prevalência se encontra na faixa etária de 70 a 79 anos com 27,07% dos casos registrados, seguida dos 24,71% entre 60 e 69 anos e, em terceiro lugar, estão os indivíduos acima de 80 anos com 18,94%. A alta incidência em idosos justificase pelo envelhecimento populacional devido ao aumento da expectativa de vida. Quanto ao sexo, o masculino ficou com 53,35% dos casos. Em relação à raça, 42,01% dos registros foram sem informação, a parda ficou com 36,66%, seguida da branca com 15,06%. Houve pouca diferença entre os anos, ficando 2015 em primeiro lugar com 26,07% e 2018 em último com 24,10%. Houve, no mesmo período, um total de 18575 internações para tratamento de AVE em Goiás, sendo 98,63% de urgência e a média de permanência 6,7 dias. A diferença entre os anos variou de 0,84% a 1,36%, ficando 2017 em primeiro lugar com 25,55% e 2018 em último com 24,19%. A taxa de mortalidade foi de 13,7%. Conclusão: Os dados obtidos demonstram que houve mais internações para tratamento de AVE do que casos notificados. Isso mostra que há falhas no sistema de notificação da doença, o que prejudica as pesquisas acerca do tema. Além disso, a análise epidemiológica e o tratamento adequado possibilitam a redução das internações, do tempo de permanência e, consequentemente, dos custos desembolsados e, ainda, possibilitam uma melhor qualidade de vida do paciente.

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Publicado

2020-02-19

Edição

Seção

ANAIS I CAMEG