Obesidade feminina e os fatores relacionados a aceitação da imagem corpora

Autores

  • Larissa Guerra Fernandes
  • Naiza Murielly Pereira Borges
  • Valéria Menezes de Souza
  • Paulo Vitor Carvalho Dutra
  • Ana Luiza Silva Lôbo
  • Jalsi Tacon Arruda

Palavras-chave:

Feminino. Obesidade. Imagem corporal.

Resumo

Introdução: A autoestima é um sentimento valorativo do conjunto de características corporais e espirituais que formam a personalidade de cada ser humano. Desse modo, a baixa autoconfiança apresenta-se não somente como manifestações da mente do indivíduo, mas pertencentes a estados corporais associados com eventos ambientais sociais ou físicos que os desencadeiam. Diante de possíveis padrões impostos socialmente, a alta prevalência de obesidade feminina vai de encontro com esses parâmetros, corroborando, dessa forma, para inúmeros distúrbios psíquicos entre mulheres acima do peso. Assim sendo, as disfunções de relações interpessoais e depressão são caracterizadas como consequências de uma condição estabelecida entre obesidade feminina e aceitação da imagem corporal. Objetivo: Descrever os fatores relacionados a aceitação da imagem corporal e suas implicações em mulheres obesas. Material e métodos. Trata-se de uma revisão de literatura integrativa, com busca nas bases de dados Pubmed, LILACS, Bireme e Google Acadêmico. Os descritores utilizados foram: feminino, obesidade e imagem corporal. Os critérios de inclusão foram artigos públicos desde 2016, relevância do assunto e publicados em inglês ou português. A partir disso, foram selecionados 33 artigos. Resultados: Observou-se uma prevalência da insatisfação com a imagem corporal em mulheres obesas comparadas à população masculina, também com peso alterado. Essa insatisfação se dá principalmente devido a uma parte específica do corpo, como a região abdominal, que a impede de vestir determinada roupa, por exemplo. Com isso, as pessoas tendem a se isolar por vergonha e medo da crítica social, que exige um corpo perfeito e a mídia reforça essa ideia. Além disso, muitas vezes esses fatores levam a depressão, ansiedade, privação, desânimo e problemas de comportamento alimentar. Já as adolescentes entre 13 e 17 anos, esses transtornos com a imagem corporal ficam ainda mais evidentes, atrelados a problemas como bulimia e anorexia. Esses transtornos alimentares ocorrem pela pressão social de que “ser magro” é sinônimo de beleza, o que é uma condição extremamente valorizada entre as mulheres, enquanto que nos homens, além da magreza, o “ser sarado” é constantemente buscado pelos meninos. O culto pela imagem corporal perfeita é um reflexo do medo de ser tratado diferente, por estar fora dos padrões atuais. As mulheres são mais afetadas por esse fato, ao ponto de se isolarem do convívio social para que não sejam julgadas por corpos obesos. Há interferência, também, na vida afetiva, uma vez que a obesidade se torna um obstáculo para a sexualidade, devido a esses padrões exigidos pela sociedade, os quais abalam a autoimagem das pessoas obesas e, consequentemente, a vida sexual e a capacidade de se relacionar. Conclusão: A obesidade feminina está diretamente relacionada a diversos fatores, dentre eles a insatisfação corporal. Isso ocorre principalmente devido aos padrões estéticos impostos pela sociedade atual, que exclui os indivíduos que estejam fora do considerado ideal. As mulheres têm maior dificuldade de lidar com o excesso de peso, quando comparadas com os homens, e isso é ainda mais evidente entre as adolescentes. O culto pelo corpo perfeito acaba desencadeando transtornos como a depressão, a bulimia e a anorexia. Tudo isso, portanto, alerta para a necessidade de políticas públicas de apoio e atenção aos indivíduos em questão.

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Publicado

2020-02-19

Edição

Seção

ANAIS I CAMEG