O uso de uma metodologia ativa para o ensino do sistema datiloscópico de Vucetich

Autores

  • Fábio Ferreira Marques
  • Mirian Paiva Silva

Palavras-chave:

Metodologia ativa. Ensinoaprendizagem. Educação Médica.

Resumo

Introdução: Por anos, autoridades e indivíduos cultivaram a suspeita de que havia muito mais em um crime do que apenas depoimentos: a cena do crime, a arma de um homicídio ou, ainda, algumas gotas de sangue poderiam ser testemunhas da verdade. O primeiro registro do uso da ciência forense na solução de um crime vem de um manual chinês para legistas chamado “A Limpeza dos Erros”, escrito em 1247, em que o legista examinou os cortes no corpo da vítima, e então testou uma variedade de lâminas no cadáver de uma vaca, concluindo que foi uma foice. Nesse sentido, a datiloscopia é uma ciência que se propõe a identificar as pessoas por meio das impressões ou reproduções físicas dos desenhos formados pelas cristas papilares das extremidades digitais. O Sistema datiloscópico de Vucetich foi criado em 1891 e instituído oficialmente no Brasil em 1903. Objetivo: Relatar a experiência e o aprendizado obtido de uma metodologia ativa para o ensino do Sistema Datiloscópico de Vucetich. Relato de experiência: Inicialmente foi explicado os conceitos da Papiloscopia, ciência que trata da identificação humana através das papilas dérmicas (saliências da pele) existentes na palma das mãos e na sola dos pés, mais conhecida pelo estudo das impressões digitais. Esta ciência é dividida em cinco áreas: datiloscopia, quiroscopia, podoscopia, poroscopia e critascopia. O método da papiloscopia é prático, pois obter impressões digitais é um procedimento relativamente simples, rápido e de baixo custo quando comparado aos outros métodos, uma das razões que é muito usado em investigações, e também muito utilizados pelos peritos papiloscopistas, pois tudo no homem se modifica com o passar do tempo, menos os desenhos na palma das mãos e na extremidade dos dedos, até mesmo em cadáveres na fase coliquativa. Depois estudamos os principais pontos da Datiloscopia, os sistemas lineares da polpa digital e os tipos fundamentais dos desenhos digitais. Por fim, foi formado duplas para colheita das impressões digitais, identificação dos tipos fundamentais de cada dedo e posterior escrita da formula datiloscópica da pessoa. Discussão: A aplicação da metodologia permitiu que os alunos tivessem uma visão geral da Datiloscopia. É gratificante ter um semblante de satisfação ao aprender e realizar de forma completa as impressões digitais de alguém. Mesmo com toda dificuldade, o trabalho fascinante, silencioso, preciso e dinâmico, faz-se necessário para entender um pouco da perícia criminal. O perito papiloscópico com a grandiosidade dos seus trabalhos, sem alarde e sem exibicionismo presta um serviço social à população e um serviço criminal à justiça, com um alto nível de qualidade, e mesmo se não houver identificação do suspeito, o dado fica armazenado. Conclusão: Com o crescimento de filmes e séries demonstrando as técnicas e estratégias que são usados por Cientistas Forenses nas investigações criminais, torna-se uma oportunidade demonstrar o uso didático de algumas dessas técnicas em sala de aula, pois a ciência forense é uma área interdisciplinar, que envolve física, biologia, medicina, química e matemática. A demonstração visual, desperta o interesse do aluno, sendo uma importante arma na obtenção de um melhor desenvolvimento cognitivo, trazendo uma nova técnica para o aprendizado.

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Publicado

2020-02-26

Edição

Seção

ANAIS I CAMEG